Home » Revista » 21 de Janeiro será marcado por um ato público contra a intolerância religiosa em Aracaju.

21 de Janeiro será marcado por um ato público contra a intolerância religiosa em Aracaju.

Por Pedro de Oliveira-Correspondente do Correio Nagô  em Sergipe

Acontece na próxima segunda-feira (21),  às 19 horas, no terreiro Abaçá Ogum Megê, no bairro Suíça, em Aracaju, um ato que marcará o Dia Nacional da luta contra intolerância religiosa.  

21 de Janeiro será marcado por um ato público contra a intolerância religiosa em Aracaju.

   Reunião do Grupo Café com Axé

Realizada pelo Café com Axé, coletivo que debate ações ligadas à organização e práticas das religiões de matriz africana no estado de Sergipe, a atividade pública tem como objetivo chamar a atenção da população local para o preconceito e perseguição que este setor da sociedade vem sofrendo ao longo de sua história.

O dia 21 de Janeiro marca a passagem da morte da Yalorixá Gilda dos Santos no Estado da Bahia. A líder religiosa passou por diversas complicações logo após ter sido covardemente atacada pelo Jornal confeccionado pela Igreja Universal do Reino de Deus, no ano de 1999, vindo a falecer um ano após o ocorrido. Na matéria a Yalorixá foi chamada de “charlatã” e “macumbeira”.  Tal caso se tornou uma bandeira na luta conta a intolerância religiosa no Brasil.

Os ataques aos praticantes das religiões afro-brasileiras não é uma problemática que acontece apenas em outras localidades do Brasil. Em Sergipe, já ocorreram casos em que o próprio Estado opera de forma preconceituosa.

21 de Janeiro será marcado por um ato público contra a intolerância religiosa em Aracaju.Segundo a Yalorixá Meire Mansuet, delegada de polícia do Estado de Sergipe, “minha Mãe de Santo, Orodomim ( Wilma Maria) , conta que minha bisavó Mana Dêuí ( Nanã) , sofreu fortes ataques por parte do Estado que se reivindica laico. O fato ocorreu no início de suas funções como sacerdotisa em nossa religião, quando a polícia invadiu o Terreiro para fazer com que os cultos que estavam sendo realizados parassem no mesmo momento. Hoje, passado mais de 100 anos desse episódio lamentável, ainda presenciamos essa mesma polícia a serviço do Estado, invadindo os templos de religiões afro-brasileiras de forma truculenta, calando então nossos tambores ancestrais, relata”. 

Sobre o ocorrido, a Yalorixá Wilma Maria reitera, “eu lembro que minha Mãe de Santo Nanã, corria para os matos com medo da polícia. Quando eles invadiam o Terreiro, era certo de que nossos

scroll to top