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5 séries para assistir antes de terminar o ano

21/12/2017 | às 17h30

Se teve uma coisa que bombou em 2017, foram as séries de tv com protagonismo negro. Os negros deixaram de ocupar apenas os espaços de sitcom e conseguiram alcançar outros gêneros como drama e com críticas ao racismo mais fortes e profundas.

A cada ano muitas séries são criadas e outras canceladas. Dá para contar nos dedos quantas têm protagonismo negro ou até que conta com uma equipe de produção formada com pessoas negras. Essas produções aumentaram bastante em 2017 e continuam passando por mudanças gradativas. Essa evolução foi notada no Oscar, que neste ano teve o maior número de negros indicados na premiação. E no campo das séries não é diferente, inclusive há até um interesse da comunidade negra em categorizar essas produções e disponibilizar em sites especializados, como o Afrostream, um serviço semelhante à Netflix, porém com filmes e séries protagonizados por pessoas negras, lançado em 2014.

Vamos à lista?

  1. CHEWING GUM

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Com apenas duas temporadas, Chewing Gum foi produzida, dirigida e protagonizada por Michaela Coel. A história gira em torno de Tracey, uma jovem filha de religiosos e que tem o desejo de perder a virgindade. A série aborda questões como racismo, sexualidade, religião, violência contra a mulher e várias outras temáticas sociais com uma delicadeza e humor de se admirar.

  1. Giants

Produzida e idealizada por Issa Rae, Giants acompanha a vida de três amigos. A série passa por fortes temáticas como transtornos psicológicos e violência policial. No Brasil, a série foi exibida pela TVE.

  1. The Get Down

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The Get Down se passa em Nova Iorque nos anos 70. A história mistura arte, música, dança, grafite e política, mostrando a vida dos moradores do Bronx e o surgimento do hip hop. Além de retratar a história da música, a série conta com forte presença de referências culturais da época, como o grafite e a cultura underground. A poesia negra também marca presença no enredo, além de marcar uma conexão com a política e movimentos sociais.

  1. She’s Gotta Have It – Ela Quer Tudo

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Nola Darling é uma artista do Brooklyn, que divide o seu tempo entre amigos, arte e seus relacionamentos. A série tem um toque de drama com pitadas de humor e críticas muito pertinentes ao racismo e machismo. Além disso, ela também quebra esteriótipos com relação ao poliamor e pansexualidade. Nola é uma mulher negra que lida muito bem com a própria sexualidade. She’s Gotta Have It é inspirada na primeira obra de Spike Lee, um filme de 1986.

  1. Dear White People – Cara Gente Branca 

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Inspirada no filme homônimo de 2014, Dear White People foi lançada em abril pela Netflix e logo causou um burburinho nos Estados Unidos. As fortes críticas ao racismo presentes na série foram motivo de boicote pela população branca que se sentiu ofendida. Já no Brasil, a série fez um sucesso positivo, principalmente entre o público do movimento negro, isso pela grande identificação com o próprio movimento. A história se passa no campus de uma universidade, onde a personagem Sam White cria um programa de rádio chamado “Cara Gente Branca” para denunciar o racismo sofrido pelos negros da universidade. A obra retrata muito da experiência dos negros estadunidenses com o racismo, entretanto é possível se identificar com muitas questões, como o racismo institucional e violência policial, solidão da mulher negra e sexualidade negra.

 

Ashley Malia é repórter-estagiária do Portal Correio Nagô.

Com a supervisão da jornalista Donminique Azevedo.

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