O galã Bruno Gagliasso beijou o grande ator Matheus Nachtergale. Adriana Calcanhoto oficializou a união com a companheira Susana de Moraes. O ator Alexandre Nero participa publicamente da campanha nacional em apoio ao casamento civil entre pessoas do mesmo sexo. Willian Bonner, sim, o homem forte do Jornal Nacional, deu declarações pró-liberdade de orientação sexual.
Fora daqui, Nicolás Maduro fez piadinha homofóbica na Venezuela e foi repreendido em cima do lance. A querida Beatriz Nascimento me escreve exultante, direto de Montevideu, dando conta de que o casamento entre pessoas do mesmo sexo deve ser aprovado, em definitivo, pelos deputados do Uruguai, em breve. Magic Johnson faz declaração de amor ao filho, Earvin Johnson III, após o garoto de 20 anos assumir-se gay e decidir andar de mãos dadas com o namorado pelas ruas de Los Angeles.
Os fiscais do amor livre e das liberdades individuais, obviamente reagem. Aproveitei as declarações homofóbicas de várias pessoas sobre o beijo de Fernanda e Camila Amado, para despachá-las pelo cano de esgoto do Facebook. Elas têm o direito de expressarem-se onde quiserem e eu, de deletá-las quando o fazem no meu domínio.
O anúncio público do casamento de Daniela Mercury e Malu Verçosa e, mais do que isso, a declaração de amor daquela a esta, incendiou o mundinho heteronormativo e seus puxadinhos travestidos de lucidez e ponderação. O pessoal do puxadinho é o mais perigoso, bem mais do quem diz “até gostava dessa Fernanda, mas depois dessa…” (o beijo em Camila Amado).
Li coisas supostamente críticas à declaração de Daniela (Malu agora é minha esposa, minha família, minha inspiração para cantar), que no mínimo, são dejeto de uma compreensão deturpada da subjetividade homoafetiva: “Agora, depois de velha (Daniela), casada com homem não sei quantos anos, mãe de filho virar lésbica eu acho é esquisito e ponto final”.
Não satisfeito, o texto apressado conclui: ”Eu fico vendo o povo