Expressão de ódio ao próximo é o significado do que aconteceu, na noite da última quarta-feira (17/06), em uma Igreja Metodista Episcopal Africana Emanuel, em Charleston, no estado da Carolina do Sul, Estados Unidos. Quando um jovem branco matou a tiros nove pessoas, incluindo o senador estadual democrata Clementa C. Pinckney que também era pastor do templo. O suspeito é Dylann Roof (21), que já foi preso pela polícia americana. A suspeita é de que o crime foi motivado por ódio racial, já que a igreja Emanuel é uma das referências para a luta contra a escravidão e pelos direitos civis dos negros.
Ainda não se sabe o que motivou os disparos. A polícia faz buscas na região com o uso de cães farejadores, até encontrar o suspeito, considerado extremamente perigoso, de acordo com informações da autoridade policial. Com indícios de crime premeditado, já que o suposto assassino participava da reunião de leitura da bíblia junto com as vítimas, e teria ficado no local por cerca de uma hora, o ato é considerado uma marca das tensões raciais que se agravam no país. O local do crime é frequentado, majoritariamente, por uma comunidade negra. As identidades das vítimas ainda não foram divulgadas, mas as informações do departamento policial é de que são seis mulheres e três homens.
A governadora do estado, Nikki Haley, lamentou a situação e disse não entender o motivo de uma pessoa entrar em um templo religioso e tirar a vida dos outros, mesmo que não saibamos o motivo que levou ao crime. O presidente Barack Obama lamentou o ocorrido e aproveitou para chamar a atenção da sociedade americana para os riscos da facilidade de acesso às armas por qualquer cidadão. “Há algo particularmente trágico” nas mortes que ocorrem em locais de prece, e que “é preciso reconhecer que esse tipo de violência não ocorre em outros países desenvolvidos”, disse o presidente.
Da Redação do Correio Nagô