Contação de histórias, pintura facial, desenhos animados para o público infantil na programação do aniversário de dez anos do Instituto Mídia Étnica, amanhã (21), no bairro do Dois de Julho, em Salvador.
Todas as atividades são voltadas para representação e afirmação do negro, através de práticas pedagógicas de combate ao racismo que devem ser exercidas desde a infância. Nessa linha, será exibido o filme como A menina do cabelo chamado Brasil, curta-metragem de Alexandre Bersot e haverá contação de histórias como a da dupla Naná e Lilo, aprendendo a dividir. “À medida que a criança se enxerga, ela passa a enxergar o mundo e também sua cultura”, afirma Driele Oliveira, arte educadora que estará na Casa do Mídia Étnica, neste sábado, contando historias para a criançada.
Driele Oliveira afirma também que não há representatividade nas escolas, e que mesmo com a implantação da lei 10.639/03, que versa sobre a obrigatoriedade do ensino da cultura afro-brasileira e africana, a aplicação não possui eficácia. “Assim, a contação de história tem um papel fundamental para trazer para a criança a questão da representatividade, pra mostrar pra criança que ela é importante. Que possui heróis dentro da comunidade. Que a favela tem cultura, que RAP é cultura, que o funk é cultura e que o local onde ela mora tem sim cultura. Que ela pode se enxergar, que ela pode ser vista. Enfim, Que ela é importante”, ressalta.