Já pensou em um lugar que reúne somente marcas afro-brasileiras? Esse modelo de negócios existe e será inaugurado em Salvador neste sábado (01).
Trata-se do Afrobox, o primeiro box em Salvador a juntar apenas marcas com foco em moda afro.
A iniciativa promete revolucionar o mercado da moda levando ao publico em geral uma nova perspectiva de estética, com inovação, qualidade e identidade própria.
Para o empresário soteropolitano fundador, Yan Ragede, o negócio é um novo caminho de desenvolvimento, principalmente, para os empreendedores negros, uma vez que o Afrobox funciona de forma colaborativa, e tem como base a filosofia Ubuntu, aliada aos preceitos da Economia Criativa e Colaborativa.
“É um momento de celebração não só pela inovação em lançar o primeiro multimarcas afro na capital baiana, mas também por poder valorizar a ancestralidade negra, para além dos padrões. Isso é também quebrar paradigmas”, avalia Yan Ragede.
“A moda não é só questão de ostentação, mas também de expressar sua identidade, é uma manifestação particular” – Yan Ragede. Foto: Edgar Azevedo
O lançamento oficial contará com várias manifestações artísticas a partir das 14h, defronte à loja Afrobox, no estacionamento coberto do Shopping da Gente (AV. ACM, em frente à estação de Metrô Detran)
MERCADO
É cada vez maior o contingente de consumidores preocupados com o reconhecimento e a valorização de roupas e acessórios que usam. Público este que enxerga no vestuário uma forma de exibir a sua identidade. Por outro lado, cresce significativamente o mercado da moda afro liderado por empreendedores negros.
Segundo dados do Sebrae, no Brasil, negros representam maioria no setor empreendedor. Entre 2002 e 2012, 50% dos micro e pequenos empresários se autodeclaram negros ou pardos, 49% se autoafirmaram brancos.
JUNTOS SOMOS MAIS FORTES
O modelo box é concebido por meio de uma cadeia de compartilhamento de serviços e produtos, reunindo empreendedores dispostos a contribuir com suas habilidades e conhecimentos para o desenvolvimento de cada negócio, oferecendo assim não só um espaço para os empreendedores venderem seus respectivos produtos, mas um local que capacite e o ajude a entender o mercado, o público que se deseja atingir e a planejar bem o negócio.
Donminique Azevedo é repórter do Portal Correio Nagô.
