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Ação contra criança negra reacende debate sobre racismo institucional em shoppings

12/06/2018 | às 22h45

Neste domingo (11), um vídeo – no qual um segurança do Shopping da Bahia impede que uma criança negra se alimente e permaneça na praça de alimentação do estabelecimento – ganhou o Brasil, reacendendo o debate sobre racismo institucional em shoppings.

O vídeo foi postado no Facebook de Kaique Sofredine. O rapaz tentou pagar uma refeição a uma criança, mas, foi impedido por um segurança do estabelecimento.

O Ministério Público da Bahia instaurou nesta terça-feira (12) um inquérito civil para apurar prática de racismo institucional e também investiga o caso na área de proteção da criança e do adolescente.

A Defensoria Pública do Estado da Bahia, por meio de nota, manifestou repúdio à atuação do estabelecimento.

O Shopping da Bahia divulgou duas notas acerca do caso. Em uma delas, informa que o segurança envolvido foi afastado das atividades.


BRASIL REINCIDENTE

Mesmo o Brasil sendo o maior país do mundo em população afrodescendente, fora do continente africano, não é a primeira vez que casos de racismo institucional ocorrem em centros de compras por aqui.

Ano passado, o artista plástico Enio Squeff relatou em uma rede social que uma segurança do shopping Pátio Higienópolis, em São Paulo, teve conduta racista com o filho dele. Squeff contou que enquanto tomava um chá em uma cafeteria dentro do estabelecimento com o filho de 7 anos, foi questionado por uma segurança se a criança o estava incomodando. O garoto é negro e vestia o uniforme de um colégio particular.

Donminique Azevedo é repórter do Portal Correio Nagô.

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