Nesta quarta-feira, dia 12 de agosto, a Coalizão Negra por Direitos, frente que reúne centenas de organizações do movimento negro brasileiro, apresentará à Câmara Federal o 56º pedido de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro.
O protocolo do documento deve acontecer às 11h, na Câmara Federal, em Brasília, seguido de ato simbólico no gramado da esplanada dos Ministérios, em frente ao Congresso Nacional e entre o Ministério da Justiça e da Saúde.
O pedido de impeachment é assinado por 600 entidades e diversas personalidades, negras e brancas, como Sueli Carneiro, Vilma Reis, Bianca Santana, Emicida, Dexter, Salgadinho, Happin Hood, Chico Buarque, Nando Reis, Douglas Belchior, Silvio de Almeida, Antônio Pitanga, Fábio Porchat, Antonio Tabet, Fernando Meirelles, Aranha, Sidarta Ribeiro, Bel Coelho, entre outros.
A Coalizão Negra por Direitos denuncia como crimes de responsabilidade o trato do governo federal com a pandemia do novo coronavírus é um “ato contra a saúde pública”. Para a Coalizão, faltaram medidas emergenciais voltadas à população negra e grupos dentro dela, como trabalhadores informais, comunidades quilombolas, trabalhadores rurais, populações carcerárias e moradores das periferias.
“No Brasil, as mais de 100 mil mortes por covid-19 têm cor, classe social e se estão em territórios de maioria negra. Os impactos sociais da pandemia, o desemprego e desamparo por parte do governo atingem sobremaneira os mais pobres. É negra a maioria que depende do auxílio emergencial do governo para matar a fome de suas famílias e são negros os milhares que tiveram negado o acesso a esse benefício. O documento exige que o Congresso Nacional respeite os pedidos que aguardam sua análise e construa a defesa da democracia pelo parlamento em conjunto com a sociedade. E que instaure o pedido de impedimento ao Presidente genocida Jair Bolsonaro, apresentado pela Coalizão Negra por Direitos, representação política do segmento majoritário da população brasileira.
Publicado em 11/08/2020