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Instituto de Estudos para Políticas de Saúde promove debate sobre saúde da população negra no Brasil

Negros morrem mais do que brancos no Brasil, por motivos que vão desde a desigualdade de renda até a maior exposição à violência por armas de fogo. Com a pandemia de Covid-19, estudos demonstram que os impactos da doença são desproporcionalmente maiores na vida dos negros.

Diante dessas diferentes ameaças, a 5ª edição do “Diálogos IEPS”, no dia 15 de dezembro, às 10h, tem o tema “Pandemia, participação social e políticas para a saúde da população negra”. O evento vai ser online, no canal do IEPS no Youtube https://www.youtube.com/watch?v=DjS0nLWH9ZQ&feature=youtu.be .

Segundo estudo realizado pelo Instituto Pólis, a taxa de mortalidade da Covid-19 para a população negra foi de 172 mortes para cada 100 mil habitantes entre março e julho de 2020 na cidade de São Paulo – o município mais populoso do país. Enquanto isso, no mesmo período, a taxa de mortalidade da população branca da cidade ficou em 115 mortes para cada 100 mil habitantes.

A mortalidade entre os negros se agravou durante a pandemia, quando esse grupo, em geral, teve menos oportunidades de fazer isolamentos sociais e quarentenas. Políticas públicas não foram capazes de conter a contaminação em favelas, por exemplo, e o vírus espalhou-se rapidamente entre os mais pobres. Cabe lembrar que 67% dos moradores das comunidades e favelas brasileiras são negros, segundo a pesquisa “Economia das Favelas – Renda e Consumo nas Favelas Brasileiras”, desenvolvida pelos institutos “Data Favela” e “Locomotiva”.

Três eixos vão nortear o “Diálogos IEPS” sobre a saúde da população negra:

  • Balanço do impacto da pandemia e expectativas para o futuro;
  • O papel da participação social para a promoção da equidade no setor da saúde;
  • Desafios para a escalar a Política Nacional de Saúde Integral da População Negra (PNSIPN) nos municípios brasileiros, possíveis caminhos de implementação, incentivos e indicadores para monitorá-la.

A maioria da população brasileira se declara negra: são 89,7 milhões de pardos e 19,2 milhões de pretos, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) para o 3º trimestre de 2020. O dever do Estado brasileiro em garantir a saúde da maior parte da sua população é também promover o atendimento igualitário no Sistema Único de Saúde (SUS).

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