Espetáculo construído para apresentar, contextualizar e elucidar a importância do legado ancestral e existência de Marielle Francisco da Silva, também conhecida como Marielle Franco, “Marielle Presente!” é apresentado pela empresa artística negra, Confraria do Impossível. O espetáculo estreia no dia 25 de maio, às 19h, e segue em cartaz até o dia 2 de julho de 2023, no Teatro Sesi Graça Aranha, no Centro do Rio de Janeiro.
A obra, que tem idealização, texto e direção de André Lemos, produzida por Jeff Fagundes e com colaboração dramatúrgica de Anielle Franco e Mônica Benício, surge em um momento crucial, afinal são 5 anos sem Marielle e a mudança de governo nos reaviva a esperança no que diz respeito à necessidade de resolução e respostas para o caso de execução da vereadora e de seu motorista Anderson Gomes.
A dramaturgia surge da necessidade de se contar a história de Marielle a partir de um olhar mais profundo e afetivo.
Isso posto, a equipe responsável pela obra entende a necessidade de orientar o olhar para um outro aspecto da história de Marielle: sua conexão e narrativa que se entrelaçam com tantas outras histórias de pessoas pretas no país, perpassam desde o êxodo familiar entre Paraíba/Nordeste e Rio de Janeiro/Sudeste e vão até os percalços vividos nos caminhos para e com a vida acadêmica, tudo isso para fortalecer novas referências, promover novas narrativas e questionamentos e reconstruir a imagem de jovens e adultos pretos pelo país e pelo mundo.
Para tornar o espetáculo mais inclusivo e diverso, diversas medidas foram adotadas, desde a escolha de uma equipe de produção majoritariamente negra e garantindo a permanência de pessoas LGBQTIAP+ em funções de liderança e criação. Além disso, foram providenciadas traduções em libras, doação de 10% dos ingressos para entidades especializadas e a venda de ingressos com valores populares, todas essas ações foram criteriosamente decididas para garantir que o propósito do projeto seja plenamente alcançado.
A obra concebida pela Confraria do Impossível, visa não só manter vivo o legado de Marielle, mas também impactar a retomada cultural do Rio de Janeiro e tudo isso aliado ao discurso de inclusão, comunidade e acessibilidade.