Organizadores de torcidas, jogadores e dirigentes de times irão debater os desafios da comunidade LGBTQIAPN+ dentro e fora de campo no dia 13 de junho, às 19h, no Teatro Rubi, no Wish Hotel da Bahia. Com entrada gratuita, o evento marca as celebrações do Mês do Orgulho LGBTQIAPN+ na capital baiana e visa celebrar o orgulho e refletir sobre as conquistas da comunidade.
Com mediação de Genilson Coutinho, padrinho da torcida LGBTricolor, o evento irá reunir lideranças do futebol LGBTQIAPN+ de Salvador, como Elivelton Brandão, Rodrigo Santos e Jonathan Xavier, presidente e diretores do Dendê Futebol Clube; Roberto Junior, fundador da torcida LGBT do Vitória; Onã Rudá, fundador da torcida LGBTricolor; Yuri Ferreira, diretor do Fênix, primeiro time trans de Salvador; Lívia Ferreira, atleta e coordenadora de futebol e Leidiane Albuquerque, diretora de arbitragem da Federação Baiana de Futebol 7 Society e integrante da Confederação Brasileira de Fut7.
“Nós da comunidade LGBTQIAPN+, escutamos por muito tempo que futebol não era nosso lugar. Mas o tempo vem mostrando que o futebol é para todas as pessoas, dentro ou fora do campo, e que não há espaço para LGBTfobia, mas, sim, para jogar, assistir aos jogos e torcer pelo seu time do coração, sem medo de olhares e comentários homofóbicos”, afirma Genilson Coutinho.
O Observatório da LGBTfobia no Futebol, organizado pelo Coletivo de Torcidas Canarinhos LGBTQ+, registrou 69 episódios de LGBTfobia em partidas de futebol em 2023, que representa uma redução de 7% em relação aos 74 casos de 2022. A LGBTfobia no futebol vai além da violência física e manifesta-se também em cânticos homofóbicos e ameaças verbais direcionadas a jogadores e torcedores adversários. A CBF é a primeira confederação de futebol no mundo a incluir no Regulamento Geral de Competições a possibilidade de punir esportivamente um clube por discriminação.