O novo equipamento cultural, conhecido como “Caixa de Histórias” tem como proposta incentivar a leitura entre crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, que residem em áreas rurais e quilombolas do interior do Estado
O município de Santa Maria da Boa Vista, no Agreste de Pernambuco, onde tem a maior população reconhecida como pessoas negras, segundo dados do último censo do IBGE, recebe nesta quinta-feira, 13, a doação de uma biblioteca móvel. O novo equipamento cultural, conhecido como “Caixa de Histórias” tem como proposta incentivar a leitura entre crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos, que residem em áreas rurais e quilombolas da localidade. A solenidade de entrega será no Quilombo Inhanhum.
Estruturada em uma caixa de madeira, sobre rodas, a biblioteca itinerante vai circular, diariamente, com um acervo de aproximadamente 50 títulos, que retratam temas ligados às questões do direito à infância, novas famílias, feminismo, identidade negra, indigena, entre outras temáticas. Inclusive, alguns dos livros dispõe de recursos de Braile – sistema de escrita tátil utilizado para pessoas com deficiência visual. Outro diferencial é que a maioria das obras são de autoras e autores negros à nivel estadual e nacional.
A ação, pioneira, faz parte do projeto cultural Ler Pra Ser, incentivado pela Secretaria de Cultura, Fundarpe e Governo de Pernambuco, por meio dos recursos do Funcultura. A programação inclui, ainda, o lançamento da “Revista Inspiração”. A obra, busca revelar, por meio de fotografias, textos e informações de artistas, grupos e instituições culturais, ações de leitura e literatura que acontecem de forma independente, em várias Regiões de Desenvolvimento do Estado,
Ao todo, ao longo de quatro edições do projeto Ler Pra Ser, já foram entregues 15 “Caixas de Histórias”. Todo este trabalho é uma iniciativa da Liga Criativa. “Estamos orgulhosos de poder contribuir e fortalecer com a política pública do Plano Estadual do Livro, Leitura, Literatura e Bibliotecas, em Pernambuco. As ações do projeto são pensadas a partir da ideia do incentivo à leitura e de formação de leitores como fator de cidadania e ferramenta para a conquista de melhores índices de desenvolvimento humano e social dessas localidades” afirma a idealizadora e coordenadora do projeto, Eliz Galvão.