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A Consciência Negra e Brasileira

A Consciência Negra e Brasileira

“Quando todas as pessoas pensam igual, é sinal de que ninguém está pensando.”

Walter Lippmann

   

O atributo pelo qual o homem pode conhecer e julgar sua própria realidade;

faculdade de estabelecer julgamentos morais dos atos realizados;

conhecimento imediato de sua própria atividade psíquica;

cuidado com que se executa um trabalho, se cumpre um dever;

senso de responsabilidade;

conhecimento noção.

(Dicionário Aurélio, 1993: p.140).

O mês de novembro há alguns anos representa um marco na luta, do povo negro do Brasil, em busca de igualdade e contra a discriminação, preconceito e ódio racial. Mas é preciso entender alguns aspectos relacionados ao nome dado para este período que é Mês da Consciência Negra. O povo negro que foi sequestrado do continente africano e trazido como escravo para o Brasil possui plena consciência sobre sua situação histórica desde o inicio. Não houve sequer um momento na história dos negros onde a certeza sobre a posição imposta a nós pudesse ser esquecida ou amenizada. O que as pessoas de outras raças bem como alguns negros não entendem é que este momento do ano deve servir, antes de mais nada, para que haja reflexão sobre como a relação entre negros e brancos no passado está diretamente ligada à situação humilhante do negro nos dias atuais e como isso nos transformou em um dos povos mais racistas do planeta. Digo “mais racista do planeta” por entender que o tal racismo mascarado que dizemos existir no país é uma farsa. O racismo por aqui é escancarado sim e é propagado através de programas de TV, propagandas de produtos e principalmente através do humor. Humor este que deixa clara a intenção de incitar o ódio racial, intolerância religiosa, homofobia e machismo. As ideias preconceituosas inseridas nos meios de comunicação, mídias sociais e em algumas áreas ligadas à cultura são prontamente assimiladas por parte da sociedade e posteriormente disseminada no ambiente de trabalho ou familiar.

A falta de consciência cria uma sociedade ignorante e inapta para, sequer, discutir temas relacionados ao combate de ações enraizadas em nossa cultura. Um povo que não conhece sua própria história acredita

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