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A força de um legado – Martin Luther King Jr.

A força de um legado - Martin Luther King Jr.

Por Suzana Camargo

A americana  Usha Pitts  (no centro, na foto acima)  é filha de um pai negro e uma mãe branca. Cresceu no estado de Massachusetts e nunca esqueceu quando viu na escola as fotos dos enforcamentos de negros, que aconteceram durante os sangrentos confrontos raciais na história dos Estados Unidos. Hoje Usha faz parte do corpo diplomático do governo americano. Já ocupou cargos na Áustria, Itália, Rússia e Panamá. Atualmente é cônsul da representação americana no Recife. “Na minha sala de trabalho tenho fotos de Abraham Lincoln e Joaquim Nabuco”, disse. Os dois, cada um em seu próprio país, foram figuras fundamentais para a abolição dos escravos.

Diante de uma plateia lotada no auditório do MASP, no coração da Avenida Paulista, em São Paulo, Usha Pitts falou como o famoso discurso de  Martin Luther King –  I Have a Dream , teve um impacto em sua vida e na de milhares de outros negros americanos.  A cônsul americana foi a principal palestrante do  103º Fórum do Comitê da Cultura de Paz,  promovido pela  Associação Palas Athena em parceria com a  Unesco  e apoio do  Consulado dos Estados Unidos.  I Have a Dream – 50 anos de um discurso que mudou a história  foi o tema do evento.

Logo no início do fórum, trechos do filme   The March   mostraram a dimensão do que aconteceu em agosto de 1963 em Washington DC, na capital dos Estados Unidos. Milhares de ativistas negros e brancos viajaram quilômetros e quilômetros para participar do protesto pacífico por liberdade e mais empregos. Voluntários na cidade vizinha de Nova York prepararam 80 mil sanduíches para serem distribuídos durante a marcha. Diante de 250 mil pessoas, o discurso de Martin Luther King fez história. “Foram quatro palavras –  Eu tenho um sonho , que mudaram a sociedade americana e tiveram um enorme impacto no mundo inteiro”, afirmou Dennis Hankins, cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo.

Martin Luther King pregava uma  revolução pacífica  nos Estados Unidos. Na década de 60, os negros ainda sofriam com uma violenta segregação, principalmente no sul do país. Nos ônibus deviam

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