A hora de combater o preconceito é agora
Certa feita, lembro-me de ter entrado em debate com um amigo, sobre a possibilidade de discussão a respeito do preconceito, de toda ordem, especialmente o racismo, em sala de aula. Isso, devido á polêmica questão da retirada do livro “Caçadas de Pedrinho”, de Monteiro Lobato, das escolas, como aporte didático. Eu questionava que uma obra dessa envergadura, não deveria perder-se, devido ao radicalismo de uma medida extremista como essa, já que deve-se levar em consideração o contexto histórico em que tal obra foi criada. Se há ou não traço de racismo no livro ou no autor, com o devido preparo, professores e mestres, podem utilizar isso de forma favorável, como pretexto para abordar e democratizar o assunto, direcionando-o para um viés muito produtivo, contribuindo para a formação de jovens e adultos mais solidários e equilibrados.
Um passo importantíssimo para desenvolver o senso crítico dos alunos e direcioná-los a instituir valores e princípios éticos e morais, rumo á conscientização do respeito ás diferenças. Como formador de opinião, o líder educacional tem, não somente a necessidade, mas o dever de trabalhar em seus alunos o aspecto social, enquanto ser humano. Um papel que não cabe única e exclusivamente á escola, claro, os pais têm essa responsabilidade primeira; contudo, formar cidadãos dignos e que saibam se relacionar e interagir na sociedade de forma construtiva, também é obrigação das instituições educacionais.
Fui advertida de que a idéia, apesar de interessante, trazia uma interrogação: “será que o efetivo de orientadores educacionais tem o devido preparo para exercer delicada tarefa, tendo em vista a caos em que se encontra o ensino Brasileiro?” Eu respondi que era um caso a se pensar.
Agora lendo esta reportagem, vejo que a pareceria, a boa-vontade, as pessoas e as instituições certas, fazem o que é certo na hora certa. Quero dizer, a hora de combater o preconceito é agora, não podemos esperar e enxergar as dificuldades como um impeditivo, cruzarmos os braços e tomarmos medidas que muitas vezes beiram o radicalismo. O mesmo radicalismo de que são vítimas os negros, os homossexuais,