O Centro Cultural Correios, no Rio, abriga até 21 de abril a exposição “A mão livre de Luiz Carlos Ripper”. A mostra é uma homenagem aos 70 anos de nascimento do cenógrafo, figurinista, diretor de arte, encenador teatral e educador carioca Luiz Carlos Ripper [1943-1996]. Ela apresenta, entre outros itens, um acervo inédito de croquis e desenhos de seus processos de trabalho, com ênfase na sua produção teatral e cinematográfica.
Sob a curadoria de Lidia Kosovski, cenógrafa e professora doutora da UNIRIO, a exposição reúne cerca de 200 registros à mão livre, entre desenhos, croquis e escritos, apresentados em originais, imagens impressas e projetadas, além da recomposição de alguns cenários em maquetes, fotografias de cena, fragmentos de longa metragens integrados ao circuito da exposição, um documentário inédito e material gráfico, alguns programas, cartazes, que permitem ao público tomar contato com sua atuação em cinema e teatro, a partir dos anos 60.
A mostra estrutura-se em módulos – Riscos do tempo; Riscos teatrais; Riscos do cinema; Pensamento em risco – com projeção em mapping e videoinstalações, imagens impressas, fotografias, maquetes e outros documentos. Além de todo esse material, a “Mostra de cinema | Luiz Carlos Ripper: um Brasil imaginado”, apresenta, em looping durante toda a temporada da exposição, os filmes mais emblemáticos da produção do artista, como “Azyllo Muito Louco”, “Pindorama”, “São Bernardo”, “Xica da Silva”, “Os Herdeiros” e “Quilombo”.
Ripper assinou, como pesquisador de arte, cenógrafo e/ou figurinista ,os filmes “Como era gostoso o meu francês”, “Azyllo muito louco”, “El justicero”, “Fome de amor”, de Nelson Pereira dos Santos; “Xica da Silva”, “Os herdeiros” e “Quilombo”, de Cacá Diegues; “Pindorama”, de Arnaldo Jabor; “São Bernardo”, de Leon Hirszman; “Cara a cara”, de Julio Bressane; “Brasil ano 2000”, de Walter Lima Jr.; “Capitu”, de Paulo César Saraceni, entre outros.
Como surgiu a exposição
O registro da trajetória profissional de Ripper está basicamente centrado nos arquivos do Cedoc/Funarte e na Escola de Artes e Técnicas EAT/FAETEC . Esta exposição representa a consolidação de uma pesquisa sobre uma obra que requer visibilidade, além do âmbito acadêmico,