Home » Blog » “A Política de (In)Segurança Pública da Bahia Preta e o Racismo” é tema de debate na DPE

“A Política de (In)Segurança Pública da Bahia Preta e o Racismo” é tema de debate na DPE

“Nós mulheres negras não aguentamos mais enterrar menino em uma sociedade em que os mais velhos estão enterrando os mais novos”, uma indignação proferida pela Ouvidora Geral da Defensoria Pública do Estado (DPE), Vilma Reis, e que, infelizmente, representa um cenário na vida de muitas mães que vivem nas periferias brasileiras. Realidade que será a tônica da Roda de Conversas: “Na guerra às Drogas, o inimigo é outro. A Política de (In)Segurança Pública da Bahia Preta e o Racismo”, neste sábado (29), às 14h, no auditório da Escola Superior da Defensoria Pública da Bahia, no bairro do Canela, Salvador.

A Roda de Conversas visa abrir um espaço de diálogo com movimentos sociais, redes, fóruns, conselhos e articulações focados na descriminalização das drogas e que também estejam relacionadas ao grave problema da criminalização da juventude negra na Bahia. A mesa contará com a participação do deputado federal, Jean Wyllys (PSOL/RJ), da ouvidora geral da DPE, Vilma Reis, do vereador e presidente da Comissão de Educação da Câmara Municipal de Salvador, Sílvio Humberto (PSB/BA) e da professora do curso de Serviço Social da UFBA, Elizabeth Pinto, reconhecida pelo trabalho desenvolvido com os jovens dentro da universidade.

Entre outros articuladores, convidados para colocar questões à tona, está o membro da Secretaria de Educação do Estado, Dudu Ribeiro, a representante do Fórum de Juventude Negra da Bahia, Vivian Oyasse, o professor, Antonio Nery, do Centro de Estudo e Terapia do Abuso de Drogas da UFBA (CETAD), e integrantes da Rede de Mulheres Negras e da Organização das Nações Unidas (ONU).

“Temos um ponto de vista consolidado, somos pelas descriminalização das drogas, contra a política brasileira que segue o método dos EUA, de ‘guerra às drogas’. Uma verdadeira guerra aos negros e aos pobres, como diz o neurocientista afro-americano Carl Hart”, conta Vilma em entrevista ao Portal Correio Nagô. Ela acrescentou ainda que a ideia da “Roda” surgiu durante uma conversa entre a Escola Superior, Ouvidoria Geral da DPE e integrantes dos movimentos sociais.

A roda será um canal de propostas, que serão, sistematizadas e entregue a entes do sistema de Justiça na Bahia. “Através de acolhimento de várias ideias fruto dessa escuta, iniciaremos um trabalho de advocacia, raça e descriminalização junto ao sistema de justiça, para conter este mar de sangue, com milhares de vidas de jovens negros sendo ceifadas e outros milhares encarcerados”, concluiu a ouvidora.

scroll to top