Nos dias 18 e 19 de novembro, Salvador sediou o a quarta edição do Festival Afrofuturismo, o maior festival de tecnologia, inovação e criatividade negra da América Latina, que neste ano discutiu o tema “Por uma abolição econômica”.

O evento realizado pela Vale do Dendê e Sebrae reuniu um público diverso, interessado em educação empreendedora, inovação, tecnologia, arte e cultura. Ao longo dos dois dias de programação, muitos nomes nacionais e internacionais debateram em mesas com títulos variados, como “O mundo em 2050, seremos Wakanda ou Blade Runner?” e “Code or die: Como o Brasil pode formar mais pessoas para areas de tecnologia?”.
O festival ocorreu no Centro Histórico de Salvador, no Teatro Gregório de Mattos, Palacete Tira Chapéu, Largo Tereza Batista, além do novo Hub de Inovação a Casa Vale do Dendê, todos os prédio foram transformados em instalações Afrofuturistas, o que proporcionou ao público uma experiência única, cheia de tecnologia e inovação.

Entre os muitos temas discutidos no Festival, o protagonismo negro na tecnologia, e a interação da arte com as novas tecnologias. O Festival Afrofuturismo Ano IV – Por uma abolição econômica apresentou em sua programação talks, debates e palestras com convidados nacionais e internacionais das áreas de tecnologia, criação de conteúdo, jovens inovadores e empreendedores que discutirão assuntos relacionados ao protagonismo afrodescendente e sua contribuição para a economia criativa, plataformas digitais, universo das criptomoedas, entre outros temas.
Nos debates, inúmeras questões relevantes para a comunidade negra, como a relação da importância da conectividade entre as pessoas na África e diáspora, através das novas tecnologias. Para Kamil Olufowobi, CEO MIPAD Global, conexão é o caminho para resolução de inúmeros desafios que nós, negros enfrentamos. Ela nos dá capacidade de construção, por si só, além de acesso à arte e a cultura, através de plataformas acessíveis.

Na mesa Diversidade e Mídia, com Juliana Vicente, cineasta e diretora do documentário “Racionais: Das ruas de São Paulo para o mundo” da Netflix, a cineasta compartilhou com o público detalhes da sua experiência de imersão com a banda, para gravar todo o conteúdo exibido no documentário, que na verdade teve início com outros objetivos. Além desses, muitos outros nomes estiveram presentes nos dois dias do evento: Javonté Anyabwelé, VP Carnival Cruis, Aaron Mitchel, Netflix, Lula Rodrigues Escola 42, Bárbara Carine Soares Pinheiro – a intelectual diferentona. Mas não parou por aí, para garantir a diversão do público, o Festival garantiu atrações musicais na programação, como a internacional Mad Professor, além da banda Ministereo Público.
Para Paulo Rogério, cofundador da Vale do Dendê e um dos idealizadores do Festival Afrofuturista, o resultado do evento foi positivo, pois a casa estava movimentada desde o lançamento, onde ocorreu o Coquetel na Casa Vale do Dendê e depois aconteceu uma sequência de eventos no Teatro Gregório de Matos, com ínumeros representantes internacionais, por exemplo, Gana, Nigéria e Estados Unidos.
“O resultado positivo me faz pensar no Festival Afrofuturista 2023, nosso sonho é tornar essa mini cidade em uma cidade afrofuturista de verdade, saindo da Praça Castro Alves até o Santo Antônio Além do Carmo”, revela Paulo Rogério, um dos idealizados do projeto.