Estamos nos avizinhando do dia 20 de novembro de 2012.
Se a grande maioria não percebe a solidez da mensagem contida no título dessa postagem, é porque a situação é ainda mais grave. A não concordância com a mensagem do título significa que você está acostumado à realidade traduzida pela pele clara do apresentador do jornal da TV, aliás, com quase todo o universo televisivo. Você acha normal ver a sua TV associar o sucesso à pele clara das pessoas e segue a sua vida convencido que a África é um continente pobre em conseqüência da cor do povo que nasce lá? E, pior ainda, você é negro, mulato, pardo ou não sei mais o que e mesmo assim, não sente qualquer ligação com aquele continente. Afinal, como disse um colega, “essa conversa de que a gente veio de lá (da África) eu não compro…” É esse é o Brasil que nós estamos construindo para nossos filhos e netos, uma sociedade na qual o povo desconhece a sua origem, ensinados que são para isso, por conta de um modelo que a apaga da sua história?
Talvez não me recorde com clareza da primeira vez em que fui discriminado e apartado do convívio social dos meus pares, com base visível e indubitável na cor da minha pele negra. Mas, seguramente alguns episódios acontecidos dentro do período temporal da minha vida consciente, marcaram de forma indelével a minha formação.
Lembro, de que lá pelos meus dez anos de ter sido convidado a me retirar da casa de um meu amigo (branco) de escola, que queria aprender a jogar capoeira, e, o fato de eu jogar capoeira, despertou nele o interesse pela minha amizade. Mas, os seus pais, e mais explicitamente a sua avó materna, a me ver entra na casa, a convite dele, o repreendeu severamente e me expulsou da casa deles. Depois desses anos todos, ainda não dá para esquecer o comentário dela. O comentário foi o seguinte: “Onde já se viu um menino de qualidade como você, se juntar com negros…”.
Depois, havia aquele grupo de meninos brancos, que resolveram