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Anemia falciforme é maior em regiões com grande número de pessoas negras

Altair Lira reprodução facebook

Redação Portal Correio Nagô*

Pacientes portadores da doença falciforme podem esclarecer as suas dúvidas em Seminário que acontece na quarta-feira (20/11), às 8h, no Hemocentro Coordenador da Hemoba, localizado na Avenida Vasco da Gama. As inscrições para o evento são gratuitas e podem ser feitas através do (71) 3116-5678 / 5679 ou pelo e-mail consulta.ambulatorio@hemoba.ba.gov.br.

A DOENÇA FALCIFORME

A Bahia é o estado que há mais pessoas com a doença falciforme. Para cada 650 nascidos, um é portador desta patologia genética e hereditária que acomete mais pessoas da raça negra. O segundo estado com alto índice de falcêmicos é o Rio de Janeiro (1 caso para cada 1.200 nascidos), seguido de Minas Gerais ( 1 doente para cada 1.400 nascimentos). No mundo, estima-se que exista um milhão de casos da doença, sendo que cerca de 30 mil estão no Brasil.

Segundo o presidente da Associação Baiana das Pessoas com Doença Falciforme (ABADFAL), Altair Lira, na Bahia, não se sabe ao certo o número de paciente nesta condição. “Esta situação é prejudicial não só porque não sabemos o número total, mas, ao não ter este número, não sabemos planejar a ação de saúde adequada para estas pessoas”- afirma Lira.

Em entrevista cedida para o R7, a Conselheira Nacional de Saúde, Simone Cruz, diz que a pouca atenção que dão as políticas de tratamento a estes doentes representa racismo institucional. “A pessoa chega [na unidade] dizendo que tem a doença falciforme e não é tratada como um caso de extremo sofrimento”, afirma Simone.

DIAGNÓSTICO e TRATAMENTO

Febre, dores fortes na articulação e na musculatura e fadiga são alguns dos sintomas presentes em pessoas que possuem a anemia falciforme. Atualmente, a doença é identificada através do teste do pezinho.

De acordo com Lira, que muitos profissionais da saúde desconhecem a doença. Ele afirma que não há um centro de referência de atenção especializada de média e alta complexidade na Bahia e mostra que não entende a razão da invisibilidade da doença, já que desde 1910 são feitas pesquisas sobre a anemia.

LOCAIS DE ATENDIMENTO

APAE Salvador (71) 3270-8300

Hemoba (71) 3116-5664

Ambulatório Especializado da Secretaria Municipal de Saúde- 3186-1000 / 3186-1024 / 3186-1010

Hospital Universitário Professor Edgar Santos (Hupes) – (71) 3283-8194/8195

*Por Taciana Gacelin

 

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