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Após mortes, Maduro promete ‘mão dura contra fascismo’ e proíbe marcha — Rede Brasil Atual

Opositores, convocados por Capriles, sairiam às ruas contra resultado eleitoral nesta quarta-feira (17)

Caracas – O presidente eleito da Venezuela, Nicolás Maduro, prometeu hoje (16) aplicar “mão dura contra o fascismo”, ao mesmo tempo em que denunciou que grupos opositores planejam um golpe de Estado, após atos violentos serem registrados no país. Até o momento o saldo é de sete mortos, 61 feridos e diversas instalações públicas, como centros de saúde, danificadas.

“Isso é responsabilidade daqueles que convocaram a violência, que desacataram a Constituição e as instituições (…) o plano é um golpe de Estado”, afirmou Maduro em cadeia nacional de rádio e televisão. Ele foi eleito presidente domingo (14), porém, o candidato derrotado Henrique Capriles pede uma recontagem dos votos como condição para reconhecer o resultado. Capriles ainda não formalizou o pedido ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE).

Conforme dita o regimento do órgão eleitoral, primeiro o candidato precisa apresentar um expediente administrativo e consignar a denúncia com todas as provas que possui. Em seguida, o CNE verificará o expediente e todas as provas incluídas e decidirá se dá razão ou não à solicitação de recontagem de votos. Em caso de negativa, o candidato ainda tem a possibilidade de enviar a solicitação ao Supremo Tribunal de Justiça.

Frente ao ambiente de tensão, Maduro disse que não permitirá a realização de uma marcha opositora na capital, Caracas, para evitar mais violência nas ruas. “A marcha ao centro de Caracas não será permitida, vocês não vão encher de morte e sangue o centro de Caracas. Não vou permitir. Façam o que quiserem fazer. Usarei mão dura contra o fascismo e a intolerância”, continuou.

“Essa marcha não vai entrar em Caracas. Não permitiremos outro 11 de abril”, afirmou o chavista em referência à tentativa de golpe de Estado de 2002. Na ocasião, houve uma marcha da oposição, na qual resultaram mortos, atingidos por franco atiradores não identificados.

As reações de Maduro aconteceram após a fiscal geral da Venezuela, Luisa Ortega, informar sobre o número de mortos e feridos nos incidentes registrados nesta segunda-feira (15/04). “Faleceram sete venezuelanos, sendo um deles policial do Estado de

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