Nesta segunda-feira (28), pela manhã, um Ato Religioso foi realizado em torno do Busto de Mãe Gilda, no Parque Metropolitano do Abaeté, no intuito de marcar, naquela comunidade, a luta contra a intolerância religiosa que ceifou a vida da ialorixá. A cerimônia contou com a presença de religiosos do Candomblé, autoridades e militantes contra o ódio religioso. Participaram também integrantes do Bloco afro Malê Debalê.
Iniciada no Candomblé em 1976, Tobojinan (Gildásia dos Santos), mais conhecida como Mãe Gilda, inaugurou o Ilê Axé Abassá de Ogum, em Itapuã, no ano de 1988. Doze anos depois, em 21 de janeiro de 2000, ela faleceu. Um dia depois de iniciar uma ação contra a igreja Universal do Reino de Deus, após esta utilizar sua imagem associada ao charlatanismo. Nestes 16 anos, Mãe Gilda vem sendo homenageada a cada ano, com a instituição desta data como o Dia de Combate à Intolerância Religiosa.
Em 28 de novembro de 2014, o Busto foi inaugurado no Abaeté com grande mobilização de comunidades de terreiro do entorno e de outras localidades. Para a ialorixá Jaciara Ribeiro, filha de Mãe Gilda, uma ação que marcou a luta contra o ódio à religião do Candomblé e seus adeptos.
Em maio de 2016, o monumento teve parte da placa de informações quebrada e as plantas ao redor arrancadas por pessoas até então não identificadas pelas câmeras de segurança do local. Por conta desta não identificação, a investigação foi interrompida, sem conclusão.
A iniciativa é liderada pela ialorixá Jaciara Ribeiro, do Ilê Axé Abassá de Ogum, com apoio da Secretaria de Promoção da Igualdade (SEPROMI) e do Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN).
Da Redação
*Foto Imagem Destacada: Secom/Governo da Bahia