O Instituto Mídia Étnica (IME), em parceria com o projeto Ocupa Preto, realiza nesta quarta-feira (18), às 18h, a Oficina Ocupa e Conversa. A entrada é gratuita.
O evento ocorrerá também nos dias 25/01 e 1/02, sempre a partir das 18h, na Casa do IME (R. Areal de Baixo, 6 – Dois de Julho, Salvador – BA).
As oficinas têm como objetivo divulgar o processo organizacional de uma roda de conversa, visando à multiplicação desses espaços.
“É um evento para formar multiplicadores para que as pessoas que venham participar sejam independentes para promover sua própria roda de conversas e disseminar conhecimento. O evento trata sobre empreender tirar sua ideia do papel e tornar real, por isso o IME apoia e é parceira.” diz Hellen Caroline, mobilizadora do Instituto Mídia Étnica.
Haverá um tema para cada um dos três dias de formação, sendo emitido um certificado de 15h. Para finalizar, será realizado um Ocupa e Conversa sobre algum tema escolhido durante a oficina.
A oficina contará com o apoio do projeto Pense Grande e de comunicadores e produtores culturais baianos.
OCUPA PRETO
“O ocupa preto é uma entidade de conciliação de histórias e emoções que foi iniciado há oito meses, onde a gente faz algumas atividades relacionadas à educação, cultura, arte e comunicação. Agora estamos vendo como fazer algumas atividades relacionadas à área jurídica e vendo essa perspectiva de quebra da estrutura racista e utilizando dos artifícios possíveis para fazer um movimento de combate ao racismo e ocupação dos espaços pelas pessoas negras.” explica Ícaro Jorge, criador do Ocupa Preto.
OCUPA E CONVERSA
O Ocupa e Conversa, realizado pela primeira vez há seis meses na UFBA, é uma das formas de mobilização que o Ocupa Preto utiliza para dialogar e conciliar histórias e vivências das pessoas negras.
“O projeto ocupa e conversa, é um projeto que veio junto com o Ocupa preto, onde a gente faz roda de conversa, principalmente nas comunidades de Salvador e agora estamos indo para os interiores.” diz Ícaro Jorge.
“As oficinas de conversa veio porque eu percebi que as pessoas não mobilizam os espaços, não por não ter vontade, mas porque não sabe como mobilizar, não acha que vai dar certo, que não vai ter público e uma perda de tempo. Portanto, as oficinas vêm nessa perspectiva, empoderar as pessoas para que elas produzam seus próprios movimentos políticos e sociais.”
Joyce Melo é repórter do Portal Correio Nagô