Os 150 assentos da Shura, reservados somente para homens, terão uma cota de 30 vagas para as mulheres
O rei Abdullah, da Arábia Saudita, indicou 30 mulheres para o Conselho Consultivo, ou Shura, segundo decretos publicados nesta sexta-feira (11/01). A nomeação de mulheres para o conselho, composto apenas por homens, marca um momento histórico no país, na medida em que o rei busca realizar reformas no reino, que ainda guarda características muito conservadoras. As informações são do jornal britânico Guardian.
A Shura é composta por 150 integrantes. Desde 2006, elas já participavam das reuniões, mas penas como conselheiras, sem direito a voto.
Os decretos estabelecem uma cota de 20% de mulheres no Conselho da Shura, organismo indicado pelo rei para aconselhá-lo em questões de política e legislação. No entanto, elas não podem propor ou vetar leis.
No entanto, mulheres ainda estão proibidas de viajarem, trabalharem ou estudar no exterior. Também não podem se casar, pedir divórcio ou entrar em hospital público sem receberem permissão de seus respectivos guardiões (na maioria maridos, pais ou irmãos).
Recentemente, autoridades aeroportuárias receberam recomendação para monitorarem os passos das mulheres nesses locais e enviarem mensagens de texto aos seus guardiões.
Fonte: Opera Mundi