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Artistas negros e periféricos são premiados pelo Núcleo EUS em mostra nacional de produções em dança

Grupos e artistas periféricos podem inscrever seus trabalhos até o dia 1 de março

Em execução com diversas atividades totalmente online, a rede de dançarinos que forma o Núcleo EUS, abre inscrições para mostra nacional de produções de dança e artes integradas produzidas em periferias brasileiras. Grupos e artistas podem inscrever seus trabalhos na II Mostra Etnografias Urbanas Subversivas [In] Rede, até o dia 1 de março, que serão apresentados ao público de 29 de março à 3 de abril, em plataformas digitais.

Em sua segunda mostra em meios digitais, O Núcleo Eus busca firmar uma rede de colaboração entre artistas negros e periféricos premiando projetos produzidos em todo país. “Num período caótico da vida em sociedade, essa Mostra consolida nossas intenções e compromissos com a nossa ancestralidade e também com nossos sonhos de futuro”, diz Leonardo Luz, um dos curadores e membro fundador do grupo.

Com foco na diversidade e no fortalecimento das produções artísticas, Leonardo ressalta que o grupo visa encontrar a diversidade de produções e fortalecê-las como estratégia de amadurecimento de ideias que são marginalizadas. “Essas ideias carregam e traduzem em cada forma, cada história contada, o que é nossa proposta”, lembra Luz, ao afirmar que “EUS” é a pluralização da primeira pessoa do singular para pensar como os atravessamentos com outras pessoas nos constrói.  

A Mostra tem o apoio financeiro do Estado da Bahia através da Secretaria de Cultura e da Fundação Cultural do Estado da Bahia (Programa Aldir Blanc Bahia) via Lei Aldir Blanc, direcionada pela Secretaria Especial da Cultural do Ministério do Turismo, Governo Federal.

Periferia visível

A II Mostra Etnografias Urbanas Subversivas [In] Rede selecionará 26 trabalhos artísticos de todos os estados, em formato de videoarte, que serão premiados nas seguintes categorias: 6 espetáculos de 30 à 60 minutos, que receberão R$ 1 mil reais (sendo 50% para artistas da Bahia); 10 produções de 10 à 15 minutos, receberão R$ 600 reias, e, 10 trabalhos de 3 à 5 minutos levaram prêmios de R$ 300 reais, totalizando R$ 15 mil em produções pretas e periféricas. 

“A Mostra busca potencializar os diversos quadros artísticos que existem nas periferias”, explica Ronald Castro, um dos curadores do projeto. O dançarino baiano que integra a colaboração de artistas dessa produção afirma a mostra como uma plataforma de visibilidades. “Nosso interesse é expor como a periferia é plural em suas individualidades, a partir de uma riqueza artística contrariando o lugar de carência, mas, reafirmando suas potências!”, realça.

As inscrições são gratuitas e podem ser realizadas através do formulário online (https://forms.gle/8twsUKXuPTUof3767) até o dia 1 de março. Mais informações podem ser consultadas no instagram do grupo @nucleoeus. 

De 29 de março a 3 de abril, o público poderá acompanhar as apresentações de trabalhos selecionados, incluindo o trabalho “Odé-ssi, uma caça interna”, espetáculo em produção do Núcleo Eus, que aborda a relação entre o orixá e suas interferências na sociedade a partir de uma linguagem contemporânea.

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