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Artistas visuais negres do Recôncavo da Bahia ganham destaque no projeto Traço Negro

O parágrago acima é uma citação direta, conforme escrevemos nos artigos e outros trabalhos acadêmicos. Período destacado de Traço Negro – Negres Nas Artes Visuais do Recôncavo da Bahia, livro cartográfico que conta vida e obra de artistes negres das duas cidades que margeiam as águas douradas do Rio Paraguaçu, berço e foco da pesquisa de mestrado da conterrânea e multiartista Tina Melo. Escrito em dois tempos, entre encruzilhadas e casarios, este escrito ganha formato e-book e será lançado pela Duna Editora, dia 13 de agosto, através de live no youtube do projeto. 

Tina Melo (Foto: Divulgação)

Em ponte, conforme gira ancestral, Tina Melo lança também Documentário e Exposição On-line, de titulo homônimo. Todos os três produtos estarão disponíveis no sítio digital www.traconegro.com. No dia 13 de agosto,  a partir das 16h, o evento totalmente virtual contará com us artistes e equipe técnica do projeto. O público/espectador poderá assistir a primeita exibição do filme e realizar uma visitação guiada à galeria virtual, além de bater um papo com Tina Melo e convidados.

Tracejados

O projeto Traço Negro (@traco_negro) e seus produtos são conquistas de uma pesquisa de título homônimo iniciada em 2014 por Tina Melo, no Mestrado Profissional em História da África, Diáspora e dos Povos Indígenas – concluído em 2016 -, na Universidade Federal do Recôncavo da Bahia em Cachoeira, que visa refletir sobre a invisibilização de artistas visuais negres em Cachoeira e São Félix, apresentando possibilidades de afirmação dessas histórias de vida e de produção. 

O livro, o documentário e a exposição mergulham na trajetória desses homens e mulheres. A idéia é que cada produto do projeto possa apresentar um aspecto diferente da trajetória de vida e da arte dessas pessoas, de maneira poética e afirmativa. No livro, que ficará disponível para download por tempo indeterminado no site Traço Negro, traz uma linguagem poética que flui numa abordagem de inspiração biográfica, sem pretensões descritivas, que constrói imagens de vida e trabalho, em narrativas espiralares. 

O documentário, um filme de depoimentos escreviventes, com falas em primeira pessoa, apresenta traços, caminhos e memórias dessus artistes, suas inspirações, anseios, motivações e percepções do território, do fazer artístico, da vida e do olhar para o mundo. Um retrato descritivo a partir do lugar de e com a fala. Poderá ser assistido até 20 de agosto no Youtube e site do Traço Negro. 

Já a exposição virtual, também disponível para visitação por tempo indeterminado, apresenta um pequeno recorte dessa vasta produção, que busca mais do que determinar um estilo ou tipificação de conceitos, mas sim apresentar a diversidade e complexidade de formas e ideias propostas por cada artista, em suas variadas linguagens. Esta vem num formato imersivo diferente.

Muito nos acostumamos a exposições presenciais, mas a exposição Traço Negro foi adaptada para o virtual, através da plataforma Artsteps, que possibilita a aproximação do público para a fruição das obras, sobretudo as esculturas, que configuram a maioria das peças expostas. “Escolhemos um software que possibilita a criação de um ambiente em três dimensões, que simula um espaço de galeria convencional, de modo que a pessoa que acessa pode percorrer toda a área com livre escolha por onde começar ou terminar a visitação, e a partir do seu toque na tela, aproximar-se de obras e visualizá-las a partir de outro ângulo”, explica Amanda Nascimento, webdesigner responsável pela montagem da plataforma.

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