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Atividades em Salvador marcarão o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa

18/01/2018 | às 18h15

Para marcar o Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa neste domingo (21), em Salvador, representantes de religiões de matriz africana, líderes espíritas, católicos e evangélicos, além do poder público, estarão reunidos a partir das 14h, no terreiro Tumba Junsara, com programação de debates e intervenções culturais. 

A atividade é uma realização conjunta entre Secretaria de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Universidade Federal da Bahia (Ufba), Conselho de Desenvolvimento da Comunidade Negra (CDCN) e segmentos religiosos.ba

O evento contará com a roda de diálogo “Unindo forças no enfrentamento às novas formas de intolerância”, além de intervenção poética, exposição de grafite e apresentação musical dos grupos Ókánbí e Transbatucada. Na oportunidade o CDCN apresentará à imprensa e aos convidados casos emblemáticos de crimes de ódio religioso, no esforço pela resolutividade dos mesmos. 

Desde a implantação do Centro de Referência de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa Nelson Mandela, em 2013, foram registrados um total de 108 casos de violação de direitos no campo religioso. Ao longo de 2017 o equipamento acompanhou 21 episódios, dados que são socializados com o conjunto de instituições que integram a Rede de Combate ao Racismo e à Intolerância Religiosa da Bahia.

O Dia Nacional de Combate à Intolerância Religiosa foi instituído em 2007, tendo o caso de Mãe Gilda como um dos mais emblemáticos na luta contra o racismo e o ódio religioso no país. Após ter a imagem maculada e o terreiro (Ilê Axé Abassá de Ogum, em Salvador) invadido e depredado por representantes de outra religião, a sacerdotisa teve agravamentos de problemas de saúde e faleceu em 21 de janeiro de 2000. O episódio repercutiu amplamente, resultando em projetos de lei na esfera municipal e, em seguida, sendo reconhecido na esfera federal. A data é um marco para fomentar o debate acerca do respeito às diferenças de crença e à liberdade de culto.

 

Da Redação.

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