Na tarde desta terça-feira (21), a Liga dos Blocos Afro da Bahia apresentou ao prefeito João Henrique o projeto Afródromo. Uma das propostas do projeto é criar um circuito alternativo para o desfile dos blocos afro e afoxés no Carnaval da capital baiana.
Para Alberto Pitta, presidente da entidade, a iniciativa dará mais visibilidade aos blocos afro. Na folia momesca, o Afródromo vai ser instalado na Avenida da França, em um circuito de 2,5 quilômetros entre o Mercado Modelo e a Feira de São Joaquim. O espaço deverá ter arquibancadas gratuitas com capacidade para 20 mil foliões, espaços do Reggae e do Samba, iluminação especial, praça de alimentação e projeções de imagens nas paredes do Porto de Salvador. Estima-se que sejam gerados 25 mil empregos e que sejam atraídas diariamente 200 mil pessoas para o percurso.
O novo circuito do Carnaval é apenas uma das três etapas do projeto, que tem o intuito de desenvolver um novo olhar sobre a Cidade Baixa por meio do turismo cultural. As outras etapas abrangem os trechos da Calçada ao Largo de Roma e de Boa Viagem à Ribeira, áreas em que deverão ser desenvolvidos eventos do calendário cultural local ao longo do ano, a exemplo da Festa do Bom Jesus dos Navegantes, da saída da Lavagem do Bonfim e a Festa da Conceição da Praia.
“As pessoas vão conferir tudo o que vai acontecer a partir do Afródromo, que não é apenas um projeto carnavalesco, mas que tem um significado único, de que o conteúdo baiano está vivo e que só precisava de um lugar para se mostrar”, afirmou Carlinhos Brown, um dos idealizadores da Liga dos Blocos Afro da Bahia. Segundo o cantor e compositor, o projeto vem sendo idealizado há cerca de dois anos.
O prefeito João Henrique caracterizou a apresentação do projeto Afródromo como um momento histórico. “O projeto chega em um momento de maturidade dos nossos foliões, do nosso carnaval, da nossa história e de união dos blocos afros e afoxés, para que tenhamos na Avenida da França a grande passarela da cultura afrobrasileira”.
O evento contou com a participação