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Bando de Teatro Olodum exibe mostra audiovisual da II Oficina de Performance Negra

Na próxima segunda-feira(13), no Cabaré dos Novos do Teatro Vila Velha, às 19 h, serão exibidos cinco curtas produzidos pelos alunos da II Oficina de Performance Negra promovida pelo Bando de Teatro Olodum. Os vídeos resultam do curso de produção audiovisual ministrado pela cineasta e produtora Maise Xavier. ENTRADA GRATUITA.

 

Durante três meses, o grupo participou de todo o processo de fazer cinema, desde a escolha dos temas até a edição dos trabalhos. “Eles aprenderam todas as etapas de produção de uma obra fílmica como a criação do roteiro, produção, gravação – incluindo captação de imagens, operação de câmera, de som, microfone, de luz – e edição com software profissional”, contou a cineasta. A prática foi antecedida de aulas sobre planos e enquadramentos, além da teoria da imagem.

 

A partir daí, os 36 alunos da II Oficina de Performance Negra foram divididos em cinco grupos para elaboração de roteiros com tema livre para os vídeos que têm, cada um, de 5 a 6 minutos. Segue a lista das produções: A herança de Nitorê (que conta a história de vida de uma das integrantes do grupo e sua relação com candomblé); A espera (o desenvolvimento de um relacionamento homoafetivo entre duas mulheres); Invisível (um dia na vida de um morador de rua e sua relação com os outros habitantes da cidade); Que Cabelo é esse? (discussão sobre estética e identidade negras); e Reciprocidade (divergências entre um jovem casal durante o namoro).

 

A cineasta Maise Xavier também assina a direção geral dos curtas e a organização da mostra. A oficina conta com apoio da Fundação Cultural do Estado da Baia (Funceb) por meio do Edital Setorial de Teatro.

 

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Histórico

Dirigidos por atores do Bando de Teatro Olodum, os 36 selecionados em audição que reuniu mais de 100 inscritos de várias partes do Brasil passaram por um processo de aprendizagem ao longo dos seis meses seguindo a metodologia de criação do Bando que há 24 anos consolidou linguagem, temática, método e arte próprios. Foi em projetos como a II Oficina de Performance Negra que Érico Brás e Lázaro Ramos, dentre outros atores e atrizes talentosos, acabaram revelados.

Durante o período da oficina foram realizadas duas mostras totalizando sete encenações apresentadas nos meses de maio e junho com temas diferenciados com utilização de várias linguagens como cordel, música, poesia, tecnologia entre outras. A direção foi assinada por Arlete Dias, Cássia Valle, Cell Dantas, Ednaldo Muniz, Geremias Mendes, Jamile Alves, Jorge Washington, Leno Sacramento, Merry Batista, Rejane Maia, Sérgio Laurentino e Valdinéia Soriano. O encerramento da formação teatral ocorreu no final do mês passado com apresentação de ‘Relato de uma guerra que (não) acabou’, que integra o repertório do Bando

A formação que foi dividida em três módulos, também contou com aulas de dança, canto, confecção de instrumentos, iluminação, interpretação e produção de vídeo sempre voltadas para a temática negra desenvolvida pelo Bando que conta hoje com 15 atores e atrizes. A supervisão artística da oficina é dos diretores Márcio Meirelles e Chica Carelli; do diretor musical Jarbas Bittencourt e do coreógrafo Zebrinha.

 

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