26/09/2018 | às 10h
Programação movimenta o Teatro Vila Velha entre os dias 28 de setembro e 07 de outubro de 2018
Em tempos de turbulência política e necessária resistência cultural, o Bando de Teatro Olodum, mais uma vez, convoca artistas e grupos para uma mostra da diversidade e riqueza das artes negras. É a 9° edição do Festival A Cena Tá Preta que, este ano, homenageia os 30 anos de fundação do Balé Folclórico da Bahia, uma das mais conceituadas companhias de dança contemporânea do mundo.
Serão dez dias de apresentações de teatro, dança, cinema, literatura e música, fazendo convergir em Salvador as diversas vertentes da performance negra.
Rosas Negras, espetáculo solo de Fabíola Nansurê, com direção de Diana Ramos
A programação do Festival A Cena Tá Preta começa no dia 28/09, 20h, com o show Black Tudo, da cantora e atriz Denise Correia, acompanhada pela banda Naveia da Nêga. No repertório as influências da black music, samba rock, MPB, passando pelo pop até o rock, com arranjos que privilegiam o estilo afropop e ganham vigor e irreverência na performance contagiante da cantora.
O encerramento do Festival será no 07/10, 19h, com apresentação de duas coreografias inéditas do Balé Folclórico da Bahia, companhia de dança homenageada nesta edição. As novas coreográficas foram feitas especialmente para a programação de aniversário de três décadas do Balé, que incluirá além de um novo espetáculo, um documentário sobre a companhia. No Festival a Cena Tá Preta, o público poderá conferir: “Bolero”, coreografada por Durval Santos e “Okan”, coreografada por Nildinha Fonseca.
Toda programação acontece nas dependências do Teatro Vila Velha, Centro de Salvador.
Programação:
Reunindo as diversas linguagens da performance negra, o Festival terá as peças de Teatro: dia 29/09, 20h tem Esqueça, montagem com Ridson Reis (Bando de Teatro Olodum) e Roquildes Junior (A Outra Companhia), dirigida por Luiz Antônio Sena Junior (também d’A Outra Companhia), e com dramaturgia assinada pelos dois atores e pelo pernambucano Giordano Castro (Grupo Magiluth); No dia 30/09, 19h, tem Encruzilhada, o provocador monólogo do ator Leno Sacramento (Bando de Teatro Olodum), sobre as violências cotidianas sofridas pelos negros no Brasil, com direção de Roquildes Junior; dia 06/10, 20h tem Rosas Negras, espetáculo solo de Fabíola Nansurê, com direção de Diana Ramos e direção musical de Jarbas Bittencourt.
O Festival também abre espaço para a Poesia com o Sarau da Cena (dia 02/10, 19h), conduzido pela poetisa Sueide Kintê que estará acompanhada do DJ Branco, responsável pelas intervenções músicas e participações especiais do poeta Lande Onawale, a poetisa e atriz Vera Lopes e os atores/atrizes do Bando de Teatro Olodum.
Cinema. Dia 03/10, 19h, tem sessão especial do premiado Café com Canela, longa metragem dirigido por Glenda Nicácio e Ary Rosa e estrelado por um grande elenco como os atores Babu Santana, Adri Anunciação, Arlete Dias, Guilherme Silva, Aline Brunne e Valdinéia Soriano, vencedora do Prêmio de Melhor Atriz do Festival de Cinema de Brasília 2017.
Ainda tem Música com Letieres Leite Quinteto (dia 04/10, 20h), fruto da pesquisa do maestro sobre o universo percussivo baiano; e a performance de Dança O Corpo na Cena (dia 05/10, 20h), com curadoria e direção geral de Zebrinha (do Bando de Teatro Olodum e Balé Folclórico da Bahia).
No dia 29/09, das 14h às 19h (totalmente gratuita), o Festival ainda contará com a Exposição do game Sociedade Nagô, aplicativo gamificado sobre a Revolta dos Malês, que alternam entre o jogo virtual e tarefas no mundo real. O jogo (em duas versões O Início e O Resgate) foi idealizado pelo game designer Alexandre Santos e foi desenvolvido pela Strike Games em parceria com a Labrasoft (grupo de pesquisa do IFBA).
Todos os eventos serão cobrados ingressos de R$30,00/R$15,00 (meia)
Com exceção do Sarau da Cena ( PAGUE QUANTO PUDER) e a sessão do filme Café com Canela (R$10,00/R$5,00).
Da Redação do Correio Nagô.
