Redação Correio Nagô – Com o tema “Carnavais Negros”, o tradicional Carnaval do Pelourinho vai reunir uma variedade de atrações musicais de diferentes estilos como samba, reggae, percussão, guitarra baiana (o tema do Carnaval de Salvador 2013). Todos ritmos marcados pela influência de matrizes africanas.

O início da festa será comandada por Moraes Moreira e Banda que se apresentará no palco principal que será montado no Largo do Pelourinho. Moraes fará o show “Homenagem à Guitarra Baiana” que acontecerá na noite do dia 7 de janeiro, primeiro dia de Carnaval.

No dia 8, a Orquestra Afrosinfônica, reconhecida por mesclar o erudito, os ritmos afro e o popular, sobe ao palco com sua apresentação “Sinfonia Afro”. Para o sábado de Carnaval , a programação contará com o espetáculo “7 Negras Vozes”, no qual as cantoras Will Carvalho, Carla Lis, Márcia Short, Juliana Ribeiro, Clécia Queiróz, Claudia Costa e Matilde se juntam levando cada uma seu estilo, com um repertório que passará pelo samba, pelo samba-reggae, MPB e pelas marchinhas de carnavais antigos.

Sob a regência de Jorge Sacramento, o Baguinha, 15 percussionistas integram a “Diversidade Percussiva” e embalam o domingo (10.02). Já na segunda (11.02), o palco principal será transformado na “Casa de Bambas – 70 anos de Nelson Rufino”, a qual irá reunir os sambistas Nelson Rufino, Edil Pacheco e Walmir Lima, além de Aloísio Menezes e Mariene de Castro. Fechando a programação, o “Reggae Resistência” levará grandes nomes do reggae baiano à folia, com Sine Calmon, Diamba e Folha de Chá dão ritmo a terça-feira (12.02), último dia de festa.

Tema – Segundo informações da Secretaria de Cultura do Estado, assim como o I Encontro das Culturas Negras, a escolha do tema para o carnaval do Pelourinho se insere no contexto da “Década Afrodescendente” em Salvador, período estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) após o Encontro Ibero-americano do Ano Internacional dos Afrodescendentes (Afro XXI) realizado em 2011 e onde foram suscitados debates em torno do racismo e das situações social, econômica e política da população negra mundial na contemporaneidade.

Para a diretora do Centro de Culturas Populares e Identitárias – CCPI, Arany Santana “o tema do Carnaval do Pelô está em consonância com a agenda das Nações Unidas, com a realidade de Salvador e com as políticas culturais que a Secult vem apoiando, a exemplo do Carnaval Outro Negro. Nada mais justo e coerente que estas ações tenham visibilidade durante o carnaval, reconhecendo-se dessa forma a formação identitária da segunda cidade mais negra do mundo (Salvador)”, destaca Arany.

*Com informações da Secretaria de Cultura do Estado (Secult-BA)