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Blocos afro desistem de desfilar na Lavagem do Bonfim

Foto I Tribuna da Bahia

Foto I Tribuna da Bahia

Redação Correio Nagô*

Após regulamentação divulgada pela Prefeitura de Salvador, proibindo trios no desfile da Lavagem do Bonfim, blocos como o Ilê Aiyê e os integrantes da União das Entidades do Samba da Bahia (UNESAMBA) decidiram não participar da celebração que acontece nesta quinta-feira (15/01). O Muzenza, mesmo descontente com o ato, decidiu continuar no cortejo. “Não concordamos com esta medida de ter de utilizar uma Kombi em vez do mini trio. Não recuamos por respeito aos associados e a tradição”, comenta o presidente do Muzenza, Jorge Santos. O presidente da UNESAMBA, José Arerê, disse que, por votação interna, eles decidiram não participar. “Nos organizamos para fazer uma coisa bem feita e depois tivemos esta notícia. Preferimos ficar de fora”, disse o presidente.

O ato inter-religioso, que acontece às 8h, no adro da Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, abre a celebração do dia. A caminhada começa às 9h, logo após o culto e tem previsão de terminar às 12h, quando o enorme cortejo, liderado pelas baianas, chega à Colina Sagrada, no bairro do Bonfim.

A expectativa é de que cerca de um milhão de fieis façam o deslocamento, a pé, da Conceição da Praia até a Colina Sagrada, local onde as baianas lavam a escadaria da Igreja do Bonfim com vassouras e águas de cheiro. O percurso é de aproximadamente 8 quilômetros. Para animar a festividade que se tornou no ano passado (2014) Patrimônio Imaterial Nacional, bandas de sopro, grupos de afoxés, de samba e de percussão.

No cortejo, estão proibidos, também, blimp (balões de propagada) e faixas. Esta medida faz parte do decreto 12.642/2000, que tem como objetivo reestruturar as festas populares existentes em Salvador.

Taciana Gacelin

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