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Bolsa Família reforça estereótipo machista no trabalho destaca OIT

fatRedação Correio Nagô – A Organização Internacional do Trabalho (OIT) criticou o Programa Bolsa Família e ponderou que, mesmo com os ganhos de renda e do crescimento da qualidade de vida das famílias, essa política de transferência termina por reforçar o estereótipo de trabalho com base no gênero: homens trabalham fora de casa e têm salários; mulheres trabalham em casa e não têm rendimentos, segundo reportagem publicada no site do jornal A Tarde.

 

A análise integra o relatório Tendências Mundiais de Emprego das Mulheres 2012, divulgado na terça-feira, 11, pela organização, que identificou que cerca de 13 milhões de mulheres ficaram desempregadas devido à crise mundial, em 2009.

 

“De modo geral, as mães que recebem a renda ajudam a melhorar o bem-estar na casa, mas, ao mesmo tempo, mantém-se a divisão tradicional de trabalho. O programa reforça estereótipos de gênero”, diz o relatório, ainda de acordo com a reportagem.

 

A OIT considerou dados do Bolsa Família de 2006, quando cerca de 11 milhões de famílias foram beneficiadas pelo programa. De acordo com o estudo, algumas condições impostas pelo programa para o recebimento da bolsa – como a manutenção dos exames de saúde dos filhos em dia e o trabalho comunitário na limpeza de escolas e clínicas – atrapalham o desempenho das mulheres no emprego e aumentam o risco de rejeição das mulheres, especialmente o das mães, no mercado de trabalho.

 

O Bolsa Família é um programa do governo federal de transferência de renda a famílias com renda per capita inferior a R$ 70 mensais. Um dos eixos do programa são as condicionalidades para o recebimento da renda, relacionado ao acesso a serviços básicos, como saúde, educação e assistência social.

 

*Com informações do jornal A Tarde

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