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Brasileiros casam-se mais com pessoas de mesma etnia e instrução, diz IBGE

Dados inéditos do Censo do IBGE de 2010 mostram que os brasileiros buscam seu “par perfeito” em seus próprios grupos étnicos e entre pessoas com o mesmo nível de instrução, o que revela a tendência do casamento “entre iguais”. 53% dos casais homossexuais viviam no Sudeste Casais com filhos de outros relacionamentos já são um sexto do total Em 62,7% dos casais, os 2 cônjuges têm rendimento próprio O exemplo mais evidente desse movimento é que 75,2% dos homens e 73,7% das mulheres brancas casavam-se com pessoas da mesma raça.

Os percentuais consideram todos os tipos de união, como casamentos no civil, religioso ou uniões consensuais. Na divisão por cor, os dados revelaram que as mulheres pretas casavam-se mais com homens brancos (25,5% das uniões desse grupo) do que com pardos (22,9%). Entre aqueles que se declararam pardos, por seu turno, 69% de homens e 68,1% das mulheres tinham como parceiros pessoas com a mesma cor da pele. Segundo o IBGE, a mesma tendência de união entre “iguais” se repetia por grupos de escolaridade. Pelos dados do Censo 2010, 47% dos homens e 51,2% das mulheres com curso superior uniam-se a pessoas com o mesmo grau de escolaridade. Na faixa mais baixa de instrução (até o fundamental incompleto), esses percentuais eram ainda mais altos no Censo de 2010: 82,9% para homens e 85,3% para mulheres.

Segundo Leonardo Queiroz Athias, técnico do IBGE, o “fator determinante” que junta pessoas com características semelhantes é o nível de rendimento. Tal “condicionante”, diz, explica maiores uniões entre brancos e pessoas com curso superior –grupos de mais alto rendimento. No caso dos pretos (grupo que corresponde a apenas cerca de 10% da população), o fato do menor contingente dificulta a escolha de pessoas no mesmo grupo para se relacionar e casar. CASAMENTO INTERRACIAL A partir dos dados do IBGE, não é possível notar uma sinalização clara de aumento dos casamentos interraciais no Brasil.

O total de homens brancos que se casavam com mulheres pardas (os dois grupos mais numerosos) subiu de 17,4% em 2000 para 20,4% em 2010. No mesmo período, o contingente mulheres brancas

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