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Cantor baiano Ramon Lima lança o primeiro videoclipe dos seus dez anos de carreira

RAMOM LIMA foto Giba DouradoRedação Correio Nagô* – A gravação de dois discos com recursos próprios e a realização de três shows autorais, onde só cantou músicas dos seus CDs são as duas principais conquistas do cantor negro Ramon Lima, 29 anos, que já tem dez anos de carreira.

Anunciado pela produção como “o cantor, compositor e instrumentista que exprime no violão uma sonoridade ímpar e na voz um timbre indescritível”, Ramon lançou recentemente o videoclipe de um dos seus primeiros registros, chamado de “Doida”.

Com a composição de Matheus Pessoa, a música faz parte do seu primeiro disco gravado em 2007.

“Produzir dois discos com recursos próprios e fazer três shows autorais que é bem diferente de cantar aos finais de semana, pois ainda tenho que tocar músicas de outros artistas, e produzir esse videoclipe são minhas conquistas”, comemora.

Já o videoclipe, o primeiro da carreira, teve a direção e roteiro assinados pela estudante de publicidade e propaganda Daniela Lima. Para o cantor, a palavra “Doida” remete à “moça linda que vive a encantar vive fazendo travessuras sem maldades, e que pode ser ao mesmo tempo a moça que gosta de um rapaz que se acha sem qualidades, mas que essa mesma doida o ama”.

“A música ficou ótima. Reuni sem querer ótimas pessoas na gravação. O lançamento aconteceu na internet não fiz ainda um show de lançamento do clip. As pessoas que não ouviram em tempos anteriores gostaram e os que já conheciam ficaram surpresos com a nova gravação, é uma linda música”, destaca o cantor, em entrevista ao Portal Correio Nagô.

Ele conta que “Doida” foi feita inicialmente com “produção simples”. Mas que estava pensando em regravar músicas do disco de 2007. Em outubro do ano passado, recebeu um convite para a produção de um videoclipe, mas ficou em dúvida entre a canção escolhida e “A moça” de Ramon Lima e Victor de Moraes.

No clipe, gravado nas cidades baianas de São Félix e Cachoeira, a canção foi executada por: Flaviano coelho Bateria, Adauto Borges guitarra e produção musical, Bruno Geovanne percussão, Junior Sacramento contra baixo, James de Lima no sax, Laércio no trombone, Júnior Pigmeu no teclado.

“É meu primeiro vídeo tenho enorme desejo de produzir mais vídeos, acredito que ainda esse ano faremos mais uns dois vídeos”, adianta Ramon que em 2007 gravou o CD Cor dia Cor, e o segundo em 2011, chamado Como eu Sou.

Na trajetória, ele já foi premiado em 2009, com o Melhor Arranjo no Festival Vozes da Terra, em Feira de Santana, com a música Brasis. Foi selecionado em novembro de 2012, para a semifinal do Festival de Brumado, Bahia. Cursou Técnica Vocal, no Centro Universitário de Cultura e Arte (CUCA). Fez direção musical dos dois álbuns de sua carreira e do show Como eu Sou.

Além da carreira própria, ele também tem um projeto paralelo onde é vocalista da banda Batuki da Tribo, há 8 anos e todos os anos toca na Micareta de Feira de Santana e em outras cidades do Brasil. Mas o que marcos a década de trabalho, segundo o cantor, foram os shows em teatro que fez onde só cantou músicas próprias.

“Todos os dias enfrentamos dificuldades, fazer uma música que não transita com o axé é difícil. Acredito que a dificuldade é força para produzir mais trabalhos”, ressalta o cantor que disse nunca ter sofrido preconceito por ser negro. “A música tem sido um veiculo forte contra qualquer tipo de preconceito”, diz.

Em 2011 fez show na The Best Beach, no bairro soteropolitano da Ribeira, onde abriu a noite para o show do mineiro Vander Lee. Para quem inicia a carreira, ele aconselha. “Arriscar, esse é o caminho, arriscar com coisas diferentes, e as metas para ter sucesso eu não sei dizer”.

RAMOM-LIMAInício – Ramon começou tocando em igreja. Antes do violão, a cadeira de um bar servia como bateria. “fazia um som bem legal, depois ganhei um violão de uma tia, conheci uns amigos que já tocavam eles foram me passando algumas coisas, mas era sozinho em casa que eu desenvolvia os estudos”, recorda.

O primeiro cachê foi para pagar o consumo dos amigos convidados. “Comecei depois a tocar em bares. Lembro que meu primeiro cachê não foi meu, tive que pagar consumo dos amigos que foram assistir ao show. Fui organizando as coisas para ficar mais conhecido tocava também na escola, sempre levava o violão, até hoje ainda canto nas escolas é bem legal”, acrescenta.

Atualmente, ele tenta dividir o tempo na divulgação do trabalho em Feira de Santana, onde mora, e Salvador. “Não sei de onde vem a motivação, mas adoro minha profissão. Em Feira de Santana as pessoas gostam do meu som. Em Salvador estou tentando um reconhecimento maior, aqui é mais difícil, mas acredito que vamos alcançar boas metas”, diz.

No som, Ramon gosta de ouvir músicas de “axé a Roberto Carlos”. “Canto quase tudo. Gosto do Luiz Gonzaga Dominguinhos, Djavan, Lenine, Gil, Alceu Valença, música instrumental, esses artistas são minhas referencias, gosto das músicas antigas do Chiclete com banana e do Jau”, destaca o baiano que acabou de gravar um disco com a banda Batuki da Tribo.

“Estou negociando algumas apresentações em São Paulo para divulgar o disco autoral “Como eu Sou”. Acredito que o momento é de formar plateia divulgando o disco. Apresentei pouco. Faço show todo fim de semana, mas fazer show autoral é complicado”, afirma.

Videoclipe da música Doida, composição de Matheus Pessoa e interpretação de Ramon Lima – Acesse http://www.youtube.com/watch?feature=player_embedded&v=pZuJAU-LYD8

*Por Anderson Sotero

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