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Símbolo de resistência, a  roda de capoeira foi reconhecida hoje (26), em Paris, pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

Em informações divulgadas pelo site Público, a ministra interina da Cultura do Brasil, Ana Cristina Wanzeler, diz que a cultura africana deve ser, pelo seu valor, reconhecida. A manifestação cultural “tem raízes africanas que devem ser cada vez mais valorizadas por nós. Agora, é um património a ser conhecido e praticado em todo o mundo”, comentou a ministra.

Segundo a presidenta do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Jurema Machado, conceber o título de Patrimônio Imaterial para certas expressões serve, também, para que os governos assumam o compromisso de preservação dos bens. “O reconhecimento representa um tributo à capoeira como manifestação cultural importante que durante séculos foi criminalizada, além de dar visibilidade internacional. Além disso, reconhece que o Brasil tem políticas públicas para cuidar do seu patrimônio cultural”, disse Jurema em entrevista à Agência Brasil.

Outras manifestações brasileiras, como o Samba de Roda do Recôncavo Baiano (BA), a Arte Kusiwa- Pintura Corporal (AP), o Frevo (PE) e o Círio de Nazaré (PA), também, são reconhecidos como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade.

A CAPOEIRA

A capoeira surgiu no Brasil no século XVII, no período escravocrata. Sendo praticada em mais de 160 países, dados do Iphan revelam que a capoeira é um dos maiores símbolos da identidade brasileira.

Durante muito tempo, a prática foi considerada ilegal. Somente em 1930, após a aprovação de Getúlio Vargas, a capoeira ganhou destaque no cenário brasileiro e passou a ser considerada como esporte nacional brasileiro. Em 2008, a Roda de Capoeira e o Ofício dos Mestres de Capoeira foram reconhecidos como patrimônio Cultural brasileiro.