Valença esteve de braços abertos e olhos atentos neste novembro. Era a Caravana da Juventude Quilombola que chegava a este município do interior do Piauí, que fica a 210 quilômetros da capital Teresina, no feriado de 15 de novembro, para passar três dias. A Caravana que já percorreu os municípios de Santa Cruz do Piauí, Isaías Coelho e Esperantina, é um projeto da Coordenadoria da Juventude do Piauí (COJUV), em parceria com o Grupo Afro Cultural Coisa de Nego e a sociedade civil organizada de cada município. O objetivo é proporcionar uma vivência intensiva com a cultura afro por meio de palestras e oficinas, além de atividades culturais.
Mesa de abertura da Caravana no Auditório da Escola Santo Antônio. Na sequência da esquerda à direita: Pedro Feliciano, Getúlio Gomes, Maria Dolores, Plínio Dumont (ao microfone), Francisco Quedes, Mauricélia Sousa e Gilvano Quadros, do Grupo Afro Cultural Coisa de Nego.
O intuito inicial de realizar a abertura da Caravana em praça pública como nas outras edições, a fim de abranger a sociedade valenciana como um todo, não impediu que a juventude negra e quilombola estivesse em peso na Unidade Escolar Santo Antônio, a maior escola pública da cidade, com uma expectativa no rosto pelo que viria nos próximos dias.
A mesa de abertura foi composta por representantes do governo municipal e estadual, assim como representantes da cidade de Valença e de Teresina: Pedro Feliciano (presidente da associação de moradores da comunidade remanescente quilombola de Valença, chamada Tranqueira), Mauricélia Sousa (coordenadora da organização não governamental CEPAVA – Centro Popular de Valença), Assunção Aguiar (coordenadora do Grupo Afro Cultural Coisa de Nego), Getúlio Gomes (vereador eleito de Valença), Maria Dolores (Secretária de educação da cidade representando o prefeito), Plínio Dumont (Coordenador estadual de juventude – COJUV) e Francisco Guedes, secretário estadual de assistência social e cidadania (SASC).
Auditório da Escola Santo Antônio durante abertura da Caravana.
Mauricélia ressaltou a importância de ver o auditório lotado “Antigamente os valencianos tinham muito preconceitos quanto à cor, ver esse auditório assim é uma alegria” , finalizou. E foi nesse sentido que Plínio Dumont esclareceu a