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Carlos Marighella é julgado e absolvido por Júri Simulado da Defensoria Pública da Bahia

O julgamento, 50 anos após a morte do guerrilheiro, marca a sexta edição do projeto e aconteceu no Teatro Vila Velha, nesta quarta-feira, em 13 de fevereiro

Aconteceu dia 13 de fevereiro, no Teatro Vila Velha, a 6ª edição do projeto Júri Simulado – Releitura do Direito na História. É impossível conhecer a história do Brasil do século 20, sem conhecer a trajetória do militante, deputado federal, poeta e guerrilheiro Carlos Marighella. Goste ou não, ame-o ou odeie-o, mas é impossível ficar indiferente à trajetória intensa que ele teve. O personagem destacado da história do Brasil por quatro décadas foi julgado e absolvido no evento promovido pela Defensoria Pública do Estado da Bahia – DPE/BA.

A interpretação do personagem principal ficou a cargo do ator do Bando de Teatro Olodum, Fábio de Santana.

Ele foi um dos principais organizadores da resistência contra o regime militar e considerado o inimigo número um da ditadura. Foi militante do Partido Comunista por 33 anos e depois fundou o movimento armado Ação Libertadora Nacional – ALN. No governo Vargas, Marighella foi preso e torturado. Após sair da prisão entrou para a , sendo recapturado em 1939. Novamente foi torturado e ficou na prisão em 1945. No ano seguinte foi eleito deputado federal pela Bahia. Em 1968, com a instauração do Ato Institucional nº5 (AI-5), poderia ter escolhido o caminho de muitos dos seus companheiros, o exílio, mas decidiu resistir. Um ano depois, Marighella foi assassinado na cidade de São Paulo, após uma emboscada armada pelos agentes repressores do Estado.

Ao final do julgamento, o público conheceu mais da história de Carlos Marighella com palestra do jornalista Mário Magalhães, autor do livro Marighella – O guerrilheiro que incendiou o mundo.

Confira o momento final do julgamento, quando Carlos Marighela foi absolvido pelo júri. O vídeo foi postado pelo ativista e produtor cultural Dj Branco, em sua página nas redes sociais. Clique Aqui

SÉRIE JÚRI SIMULADO

O projeto foi idealizado pelos defensores públicos Rafson Ximenes e Raul Palmeira, e pela coordenadora de Proteção aos Direitos Humanos da DPE/BA, Eva Rodrigues. Na sua primeira edição, realizada em novembro de 2016, Luíza Mahin foi absolvida das acusações de conspiração contra a Coroa Portuguesa, em 1835. Em novembro de 2017, foi a vez de Zumbi dos Palmares ser absolvido pelo Júri Simulado. No ano de 2018, ainda tiveram mais três julgamentos: do índio tupinambá Caboclo Marcelino (em Ilhéus), da efetividade da Lei Áurea e do poeta Cuíca de Santo Amaro.

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