Pichón – Minha Vida e a Revolução Cubana é o título da autobiografia do etnólogo e cientista social, Carlos Moore, com lançamento marcado para a próxima quarta-feira (02), no Centro Cultural Barroquinha, em Salvador. Uma parada especial na terra que vive há 17 anos, após uma intensa agenda de lançamentos pelo país da obra que descreve sua luta contra o racismo e perseguição em Cuba, como também as lembranças do movimento pelos direitos civis nos EUA e da emancipação africana. Na ocasião, Moore recebe o advogado e professor, Samuel Vida, e a ativista e ex-ministra de Politicas de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Bairros, que participarão de uma mesa de conversas programada para o lançamento.

A autobiografia lançada fora do Brasil em 2008 (versão em inglês), tem sua tradução para português como o resultado da arrecadação através de uma campanha de crowdfunding, divulgada pelo Portal Correio Nagô, que ultrapassou a meta estabelecida para a produção do livro. Colaboração que rendeu ao Instituto de Mídia Étnica, criador e gerenciador do portal, a doação dos direitos autorais arrecadados com a venda do livro.

Além da trajetória de vida e ativismo ao lado de figuras como James Brown, Malcolm X, Joan Baez, Miriam Makeba e Fela Kuti – de quem escreveu a biografia “Esta puta vida”(2011) – , os leitores podem esperar um capítulo extra sobre sua experiência aqui no país. A obra permeia importantes mudanças sociais, como processo de abertura sobre a discussão sobre o racismo nas últimas décadas.

Bio – Carlos Moore é autor de livros de referências como ‘Marxismo e a questão racial’, ‘Racismo e Sociedade’, ‘Castro, the Blacks, and Africa’, ‘A África que Incomoda’, títulos sobre o racismo e suas distintas formas de expressão em Cuba, no Brasil e em outros países, inclusive africanos. Seu nome é frequentemente associado ao universo do afrobeat, por ser o biógrafo autorizado pelo músico nigeriano, Fela Kuti, grande nome da música africana.

Da Redação do Correio Nagô.

Foto do card: Carl Juste