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CARTOGRAFIAS: Debate sobre afetividade da mulher negra ocorre nesta quinta (27)

Não faltam relatos marcados por preconceitos e violências quando o assunto é afetividade de mulheres negras. Não faltam também histórias cruzadas de mulheres tecendo potentes narrativas de fortalecimento e cura.

Bell Hooks no texto “Vivendo de Amor” ressalta que “muitas mulheres negras sentem que em suas vidas existe pouco ou nenhum amor (…) Essa realidade é tão dolorosa que as mulheres negras raramente falam abertamente sobre isso”.

É nesse rio de intensas correntezas e calmarias que a  jornalista, atriz e performer Mônica Santana mergulha para cartografar questões afetivas negras. Trata-se de seu novo projeto artístico, intitulado Cartografando Afetos.

A iniciativa é fruto da parceria com sua irmã, a fotógrafa e videomaker Priscila Fulô. Juntas, as black sisters entrevistaram mulheres negras sobre afetividade, subjetividade e como esses temas se tangenciam com preconceitos, violências, fortalecimento, espiritualidade e políticas. As entrevistas resultarão em um vídeo.

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“É um projeto que reúne diferentes linguagens artísticas para discutir a questão da afetividade. Todas as ações do projeto partem de uma série de entrevistas que eu e minha irmã realizamos nos meses de março e abril. A partir dessas entrevistas a gente gera além do vídeo, uma série de lambes lambes que vão ser espalhados pela cidade de Salvador, e eu começo a ensaiar um espetáculo, um solo sobre o tema do amor, que deve estrear em julho, quando a gente deve lançar o vídeo”, revela Mônica Santana, em entrevista ao Correio Nagô.

A primeira ação pública do projeto será desenvolvida nesta quinta-feira (27), às 19h, no Espaço Cultural da Barroquinha. O bate papo Cartografando Afetos: mulheres negras e afetividades contará com participação da poetisa e Prof. da Universidade Federal da Bahia, Lívia Natália, da psicóloga e membro do Conselho Estadual dos Direitos da População LGBT da Bahia, Ariane Senna, da universitária e membro da Marcha do Empoderamento Crespo, Samira Soares e da jornalista e idealizadora do Movimento Mais Amor Entre Nós, Sueide Kintê.

Com a realização da Giro Produções Culturais, o encontro será aberto ao público e discutirá temas que atravessam as subjetividades como identidade de gênero, solidão, sororidade, feminismo negro e espiritualidade. O projeto foi contemplado no Edital Setorial de Culturas Identitárias – do Fundo de Cultura do Estado da Bahia – 2016 e conta com o apoio do Centro de Culturas Populares e Identitárias – CCPI.

 

Donminique Azevedo é repórter do Portal Correio Nagô.

 

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