Redação Correio Nagô – No mês dedicado à Consciência Negra, a Casa do Benin, administrada pela Fundação Gregório de Mattos (FGM), comemora 25 anos com uma programação especial.
A celebração acontece nesta sexta-feira (22) na sede da instituição, na rua Padre Agostinho Gomes, nº17, Pelourinho, e vai contar com apresentações culturais e debates relacionados à valorização da cultura afrobrasileira. A entrada é gratuita e aberta ao público.
Às 9h30, será realizada a conferência “A Odisséia de Nã Agotimé e o Culto Afro-Brasileiro”, com o PhD em História da Cultura Negra e professor da Universidade Estadual da Bahia, Jaime Sodré.
Em seguida, às 10h30, será a vez de uma apresentação de Dança Afro Clássico e Simbologia dos Orixás, com o Grupo de estudantes do projeto Dança pra não Dançar. À tarde, às 14h30, uma mesa redonda vai debater a importância da Caso do Benin como espaço de eventos e ações artísticas e culturais, com a secretária municipal da Reparação, Ivete Sacramento, a designer têxtil e artista plástica Goya Lopes, a pedagoga, escritora e especialista em Língua e Cultura Yorubá, Iray Galrão, e o pós doutor, professor e coordenador do curso de Museologia da Ufba, Marcelo Cunha.
Histórico – Inaugurado em 1988, o Museu Casa do Benin é fruto do intercâmbio mantido entre a Bahia e o país africano, Benin, através da cidade de Cotonou. Instalado em um casarão antigo do Pelourinho, o museu sofreu intervenções da arquiteta Lina Bo Bardi, que preservou as linhas externas e agregou modernidade aos espaços internos.
O acervo do museu é composto por obras da coleção do antropólogo e fotógrafo francês Pierre Verger que, durante quase 30 anos, se alternou entre o Golfo do Benin e a Baía de Todos os Santos, sempre em busca de semelhanças entre os dois lugares. Assim, é possível encontrar no museu uma diversidade de objetos e obras de arte do país de onde veio a maioria dos negros que povoaram o Recôncavo Baiano. O espaço abriga também exposições temporárias e oficinas artísticas ao longo do ano.