por Patrícia Bernardes Sousa
Ele chegou. A figura emblemática de Luís Inácio Lula da Silva “pousou” como uma pomba branca no Aeroporto Luís Eduardo Magalhães , nome do filho de um dos seus maiores opositores políticos , e foi recepcionado pela mão estendida do poeta Castro Alves na “Praça do Povo”. O que os dirigentes políticos do PT não contavam foi com número de soteropolitanos “empolgados” com a chegada de Lula na capital baiana.
Conhecida por reunir em seus espaços públicos, “tombados” pelo o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) e pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC), Salvador não mostrou nem de longe o seu potencial de mobilização em prol da justiça social na “dança das cadeiras” que antecede as Eleições Municipais 2012. A mesma Praça Castro Alves referenciada por reunir milhões de foliões durante a folia momesca, não serviu de palco para a “expressiva” figura política do ex- presidente Lula na tentativa de salvar a candidatura do intitulado “ advogado do povo” e ex- deputado federal Nelson Pelegrino.
Por que Castro Alves, poeta célebre de obras como “Navio Negreiro”, “Tragédia no Lar” e “Espumas Flutuantes” não emocionou junto a Lula , figura representativa da oposição , sindicalismo a tempos atrás, o coração dos cerca de 2.675.656 de habitantes [Dados do IBGE 2012] da capital baiana?
Na “Terra dos Encantos Axé e da Felicidade” onde 85% da população é predominantemente negra e que, dentro desta mesma linha estática, 87/% das famílias soteropolitanas [162.408 famílias] são cadastradas pelo Programa Bolsa Família [Dados do Centro de Referência da Assistência Social – CRAS] , por que os soteropolitanos não apareceram na “Praça do Povo” para dizer “ Obrigado!” a Lula; então responsável pela propaganda exaustiva deste “método/programa popular” de redução da pobreza e da miséria nas áreas periferias da capital baiana?
Num ano eleitoral “atípico” onde às figuras políticas candidatas a vice- gestão municipal são afrodescendentes [ Olívia Santana ,Célia Sacramento ,Nestor Neto], qual seria o diagnóstico exato para a presença vexatória de apenas 5.000 ( cinco mil) pessoas na casa do poeta Castro Alves?!
Voltando para