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Cerimônia celebra reconhecimento do Ilê Oba L’Okê como Patrimônio Histórico e Cultural de Lauro de Freitas

Nesta quinta-feira (10), às 10h, acontece a cerimônia oficial de Declaração do Ilê Oba L’Okê como Patrimônio Histórico e Cultural de Lauro de Freitas. É a primeira vez que um terreiro de candomblé é reconhecido como patrimônio do município.   A cerimônia, em respeito  aos protocolos de prevenção a Covid-19, será restrita às lideranças religiosas, representantes do movimento negro e secretários de governo. Será possível acompanhar
a transmissão do evento pelo canal Oficial do YouTube e pelo Instagram.  

Foto: Divulgação

A comunidade da Casa do Rei e Senhor das Alturas tocará um alujá – ritmo dedicado ao Orixá Xangô, para o qual o terreiro é consagrado. A cidade de Lauro de Freitas possui aproximadamente 400 terreiros de candomblé, segundo dados da Federação Nacional de Cultos Afro-Brasileiros (FENACAB). É a primeira vez que o município de Lauro de Freitas reconhece um terreiro de candomblé patrimônio cultural de natureza material e imaterial. 

O título  acontece dezesseis anos após o último tombamento realizado pelo Estado no ano de 2005, ocasião em que tombou os terreiros Ilê Axé Opô Aganju e  Ilê Axé Ajagunã. No ano anterior, o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC) inscreveu no Livro de Tombo, o terreiro São Jorge Filhos da Goméia.  

A cerimônia oficializa a publicação da Lei N° 1939 de 14 de maio de 2021 que torna  a Sociedade Beneficente Sócio Educativa Recreativa Religiosa Oba L´Okê patrimônio histórico e cultural de origem africana e afro-brasileira do município de Lauro de Feitas. O Ilê Oba L’Okê também acumula títulos de Utilidade Pública Municipal (2014) e Estadual (2019). 
O processo de reconhecimento como patrimônio histórico e cultural de origem africana e afro-brasileira do município foi apresentado à Câmara através de Projeto Lei de autoria do vereador Almir Santos, após mobilização da comunidade, lideranças e intelectuais ligados a cultura e a arte. Destaca-se nesse processo o cumprimento do rito que envolveu estudos, emissão de relatórios técnicos, parecer e recomendações do Conselho Municipal de Política Cultural e do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial.

O Ilê  Oba L´Okê reúne  um acervo arquitetônico e artístico singular que foi construído ao longo de dez anos e contou com a participação decisiva do artista plástico Rodrigo Siqueira, um dos idealizadores da casa. O terreiro desenvolve ações sociais e mantém projetos como oficinas profissionalizantes. 

Segundo ele, o reconhecimento “é também uma oportunidade de ajudar a implementação da Lei 10.639 que tornou obrigatório no sistema de ensino brasileiro o estudo da história do Continente africano e das suas respectivas culturas, assim como o estudo das culturas afro-brasileiras”.

Cerimônia de Declaração de Patrimônio Histórico e Cultural de Origem Africana e Afro-Brasileira.

Data: 10 de Junho
Horário : 09h
Responsável: Babalorixá Vilson Caetano
Transmissão do Evento:
YouTube – https://youtube.com/c/Ileobaloke
Instagram – @ileobaloke

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