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Cia Nata faz quatro apresentações de ‘Siré Obá’ no Teatro de Arena (SP) | Funarte

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‘Siré Obá, a Festa do Rei’ se apresenta em São Paulo. Foto: divulgação

Entre os dias 28 e 31 de março de 2013 (de quinta a domingo ), a companhia Nata – Núcleo Afro-brasileiro de Teatro de Alagoinhas (Bahia), estará na cidade de São Paulo para uma curtíssima temporada, de apenas quatro apresentações, de um de seus mais recentes espetáculos autorais: Siré Obá, a Festa do Rei . A vinda do grupo foi viabilizada pela mostra Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada , que desde novembro exibe, investiga e debate a criação de autores teatrais negros, brasileiros e contemporâneos. A mostra, contemplada por edital de ocupação da Funarte em 2012, tem sede no Teatro de Arena Eugênio Kusnet e se encerra em 31 de março.

Siré Obá, a Festa do Rei tem como alicerces o teatro físico-ritual e a pesquisa cênica de “ativação do movimento ancestral”. Criado e dirigido pela pesquisadora e filha de mãe de santo Fernanda Júlia, em colaboração com Thiago Romero e com a Cia Nata, o espetáculo é um convite à celebração das divindades africanas que compõem o universo Yorubá. Desde a sua primeira temporada, em 2009, o trabalho recebeu três indicações ao Prêmio Braskem de Teatro: Melhor Espetáculo, Revelação (para a direção de Fernanda Júlia) e Especial (pela direção musical de Jarbas Biittencourt), categoria da qual saiu vencedor.

Natural de Alagoinhas e formada em Direção Teatral na Escola de Teatro da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Fernanda Júlia é pesquisadora da cultura Yorubá e fundadora da Cia Nata. A diretora participou do ciclo de palestras-debates da Nova Dramaturgia da Melanina Acentuada, no Arena, dia 27 de março, com o tema O Estereótipo do Personagem Negro na Dramaturgia Brasileira .

Em Siré Obá , descrito pelo grupo como um “espetáculo-festa”, a Cia Nata, sob a inspiração dos orikis (poesias em exaltação aos orixás), usa o teatro, a dança afro, a música e o lirismo para mostrar a beleza e a filosofia do culto aos Orixás, “desmitificando preconceitos e combatendo a intolerância religiosa”. O espetáculo funde religião e arte ao trilhar a sequência das músicas cantadas

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