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Com a força de quem sabe de onde veio,“Feito de Funk” é o novo e ousado álbum de D’Ogum

D’Ogum tem um trabalho ousado: “Feito de Funk”, seu novo disco, absorve da formação histórica do gênero. O projeto foi idealizado ainda em 2019 e conta com a maturação do tempo para dar o arremate de toda a narrativa protagonista. 

Abrindo caminhos entre passado, presente e futuro, o cantor fala sobre seus ancestrais, sobre a cena e sobre o ser-estar dos seus iguais ao redor do mundo. A inventividade, considera ele, é a principal característica deste novo registro de estúdio.

Foto: Divulgação

O artista consegue correlacionar narrativas e busca constantemente vencer as barreiras do impossível. Nascido em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista, cresceu na Vila São Pedro. É filho de nordestinos, de infância humilde, e viu na música seu ponto de partida para a conexão com a sua ancestralidade por meio de suas referências, que vão do soul aos batuques de terreiro.

São 5 faixas ao todo, conduzidas pela funk music e por suas subvertentes – fazendo conversar a contemporaneidade até com os primórdios do gênero aqui no Brasil, nos idos anos 1970. Mesmo que haja diálogos com outros tempos, tudo foi pensado para que soasse o mais atual possível, de um jeito em que o artista se visse completamente ali e a obra se tornasse inconfundível. Durante as gravações, D’Ogum revela o sentimento do inexplicável que rondou os bastidores, “esta experiência me fez sentir a música em seus mistérios pela primeira vez na vida”. A produção e direção do disco é assinada integralmente por Vibox. Meg Pedrozzo, Nego Iego e Anarka somam nos vocais de apoio. Vinicius Sampaio assina os leads de guitarra.

Entre as mensagens de destaque, um auto-lembrete onde se enfatiza a importância, principalmente, de pessoas pretas terem imagens positivas sobre si mesmas e da realidade que querem construir para vivenciar. Um recado para o passado e uma projeção para o futuro. “Nessa nova era, não existe espaço para o pouco, nem para o pequeno, nem para o modesto. A nossa palavra é grandiosidade! O impossível não cabe aqui. O novo sempre foi o velho, e o velho é o novo que ainda não existe. Do que você é feito? Eu sou feito de funk!”.

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