Brasília – Trocar de operadora e manter o mesmo número de telefone, fixo ou celular, é um serviço consolidado no Brasil e os consumidores têm mais tranquilidade para tomar a decisão de mudar para a empresa de telefonia que oferecer menores preços. A análise é de consultores do setor de telecomunicação. Os dados divulgados pela Associação Brasileira de Recursos em Telecomunicações confirmam o cenário de estabilidade. Em 2012, foram 4,73 milhões de transferências. Em 2011, foram 5,37 milhões.
“Os números mostram que atingimos uma estabilidade do sistema e a portabilidade vem sendo usada por pessoas que têm necessidade de manter o número quando trocam de operadora. O serviço está funcionando bem, principalmente na telefonia fixa e pós paga”, afirma o presidente da empresa de consultoria em telecomunicação Teleco, Eduardo Tude. Ele explica que a portabilidade reduz os gastos dos consumidores. Sem o serviço, quando se tratava de pessoa física, havia o desgaste de informar aos contatos o novo número. No caso de empresas, a troca de número significava novos gastos com publicidade.
Para evitar a atualização do número para toda a agenda telefônica, a funcionária pública Inês Araújo trocou de operadora apenas quando soube que manteria o mesmo número. Em busca dos melhores planos para a família, que soma quatro aparelhos de celular, ela passou por quatro operadoras, “Com o mesmo número é mais fácil. Se tivesse que trocar tudo, não sairia da primeira operadora, a não ser por um custo benefício muito grande”, diz.
No Brasil, assim como em outros países da América Latina, a portabilidade começou a ser utilizada nos últimos anos. No país, as pessoas podem mudar de operadora e manter o mesmo número quantas vezes quiser, mas devem permanecer dentro da mesma área de registro (DDD). O benefício passou a valer em 1º de setembro de 2008 em locais com menos usuários de telefonia. A implementação em todo o território seguiu 14 etapas e foi finalizada em 2 de março de 2009.
Segundo a associação das empresas que cuidam dos recursos em telecomunicações, de 2008 a 2012,, foram efetivadas 18,04 milhões de migrações, sendo 11,64 milhões