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De quem é a culpa do “voto de protesto”? – por George Oliveira

De quem é a culpa do

Em todo o país, mais de 432 mil candidatos concorreram as 57.434 vagas para o cargo de vereador (a) em 5.564 municípios brasileiros neste sete de outubro de 2012. Quando comparado com 2008, houve um aumento de pouco mais de 10% das vagas. Devido à ementa constitucional 58, que modificou o cálculo das vagas nas câmaras municipais.

 

Com a mudança, municípios com até quinze mil habitantes passariam a ter nove vereadores e os com mais de oito mil habitantes poderiam eleger 55 vereadores.  Dessas novas 5.390 vagas, distribuídas por todo país, duas foram destinadas para a capital baiana que contou com um acréscimo de duas vagas, passou de 41 para 43 cadeiras na Câmara.

 

O processo democrático deste sete de outubro permitiu que os eleitores da cidade de Salvador promovessem uma renovação de 51% das vagas na câmara. Dos 41 vereadores, 37 tentaram reeleição e somente dezenove obtiveram o êxito esperado nas urnas. Em primeiro de janeiro de 2013, famosos e tradicionais vereadores darão lugar aos vereadores eleitos pela primeira vez. Parcela considerável da população soteropolitana segue confiante num processo de mudança e transformação.

 

De quem é a culpa do

Por outro lado, uma outra parte (também considerável) da população declara não acreditar em política e em representantes eleitos pelo povo (os políticos). Em períodos eleitorais não refletem sobre a importância do voto e elegem representantes em troca de favores e benefícios pessoais (que por sinal é crime previsto em lei). Não adianta apresentar-lhes propostas de mudança (melhoria) na cidade, seja na infraestrutura, transporte ou segurança. Essas pessoas estão preocupadas consigo próprio (imediatismo) e com o que “lucrar” em troca do seu voto.

 

Para piorar essa situação, um sentimento de indignação popular motiva uma ação bastante presente nas urnas que é o “voto de protesto”. Esse tipo de manifestação popular surgiu ainda na época das urnas de papel e era considerado como voto nulo, pois não beneficiava nenhum candidato. Em épocas de urnas eletrônicas, esses votos de protesto deixam de existir e surgem os “candidatos de protestos”. Por conta de sua notoriedade, geralmente utilizam-se artistas e figuras “pitorescas” como estratégia para aumentar

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