Redação Correio Nagô – Um dia após a celebração da Consciência Negra, a presidente Dilma Rouseff anunciou medidas de apoio dirigidas às comunidades de afrodescendentes e disse que a as desigualdades sociais no país tem “raça, gênero, idade”, segundo matéria publicada no UOL.
A “desigualdade” e a “injustiça social” no Brasil tem “raça, porque é negra”, mas “também tem gênero, porque afeta sobretudo às mulheres”, e “tem idade, porque as crianças são vítimas”, declarou Dilma em um ato realizado no Palácio do Planalto.
A presidente destacou ainda que, segundo os censos, metade da população do país é descendente de africanos e disse que, apesar disso, “as comunidades negras foram quase esquecidas” pelo Estado durante décadas, o que contribuiu para que hoje façam parte dos setores mais empobrecidos da sociedade.
Para a presidente, esse “esquecimento” foi mantido mesmo após a abolição da escravidão, em 1888, e foi a origem do “estado de exclusão social”, no qual ainda vive grande parte da população negra do país.
No interior do país, ainda há diversas comunidades de descendentes de escravos que fugiram das fazendas ou das cidades e fundaram aldeias até hoje conhecidas como “quilombos”. Mediante um decreto assinado na última quarta-feira (21), Dilma outorgou os títulos de propriedade das terras a oito dessas comunidades.
Com informações do UOL