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DIA INTERNACIONAL PELA ELIMINAÇÃO DA DISCRIMINAÇÃO RACIAL

Profundas são as desigualdades sociais que ainda enfrenta a população negra no Brasil.

Recentemente, o Brasil ultrapassou o Reino Unido ao se tornar a sexta maior economia do mundo. A rápida ascensão da classe média, aliada à políticas de estímulo ao consumo e produção, entre outras ações do governo, têm contribuído para o crescimento da economia do país. São mais de 35 milhões de pessoas que deixaram de fazer parte do grupo que enfrenta a extrema pobreza no país na última década. E, dos novos membros dessa classe média emergente, cerca de 80% são negros ou pardos.

Dados da quarta edição do Retrato das Desigualdades de Gênero e de Raça [1] , de 2011, demonstram que essa desigualdade, nutrida por questões sociais, de raça, gênero, religião, entre outros, ainda é muito presente no Brasil. A população negra corresponde a 72% dos 10% mais pobre do Brasil. Desses, mulheres, crianças e jovens são os que mais sofrem com a violência e falta de acesso a recursos, como educação, saúde e lazer.

E essas desigualdades tornam-se mais evidentes quando se compara brancos e negros:

Taxa de desemprego:  homem branco (5,3%) e mulher negra (12,5%);

Distribuição de renda:  mulheres negras recebem, em média, 30,5% do salário dos homens brancos;

Educação:  a taxa de escolarização de mulheres brancas no ensino superior é de 23,8%, enquanto, entre as mulheres negras, esta taxa é de apenas 9,9%. No geral, 91% dos jovens negros ainda estão fora do ensino superior.

Programas sociais:  70% das famílias que recebem bolsa família são chefiadas por negros/as;

Mortes:  Em 2010, 74,6% dos jovens vítimas de homicídios eram negros;

E não para por aí : brancos vivem mais que os negros; estes são a maioria nas favelas (que abriga 11 milhões de pessoas, ou 6% da população brasileira), negros no norte e nordeste têm menos acessos a bem duráveis que qualquer segmento da população.

A mobilização da juventude negra no enfrentamento da desigualdade

Num país onde a maioria da população (51%) declara-se negra, dados como esses são preocupantes e denotam o cenário desafiador a ser superado. Esse caminho passa, obrigatoriamente, pelo combate

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