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Diálogos sobre como manter uma mídia negra

  IMG-20160812-WA0020Incluir-nos e fortalecer. Esse foi o intuito da palestra “Inclusão racial nas novas plataformas digitais”, realizada na Casa do Instituto Mídia Étnica, na sexta-feira passada, 12/08. A palestrante foi Silvia Nascimento, pioneira em mídia voltada ao público preto com o site Mundo Negro, criado em 2001. A palestra esteve dentro da programação do I Encontro Baiano de Mídias Livres, realizado pelo coletivo Bahia 1798.

Silvia contou um pouco de seu percurso histórico para chegar ao site, com a boa influência da trajetória de luta das pessoas pretas dos Estados Unidos recebida durante um intercâmbio. No retorno ao país, a jornalista volta com uma missão de estabelecer uma mídia voltada totalmente para o público preto. Desde então se passaram 15 anos e o site continua de pé. E avança, agora estimulando o diálogo entre os produtores de conteúdo para novas plataformas como facebook e youtube, por meio do grupo NegrXs Digitais.

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A palestra gerou uma discussão bem interessante no que diz respeito à representatividade, protagonismo, e financiamento de empreendimentos pretos feitos por pessoas pretas. Diante de uma boa conversa, ouviram-se relatos das dificuldades encontradas por quem quer exercer essa função, que pode ficar só no financeiro, ou mesmo de discursos de ódio ou ameaças, como as sofridas pelo Mundo Negro, mas que em muitos momentos cumpre uma função social importante.

Ao fim, várias opiniões foram dadas acerca dessa problemática, sugestões práticas para início em canais de informação próprios, como investir o dinheiro, busca anunciantes para os veículos, potencializar as produções de conteúdos exclusivos, enfim, ideias de como fazer com que a população preta tenha destaque econômico e como se desvencilhar das dificuldades impostas pelo grupo econômico dominante.

Texto Gláucio Moraes, da redação do Correio Nagô

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